Centenas de imigrantes e pessoas feridas retiradas da cidade de Misurata chegaram hoje à principal cidade da Líbia controlada pelos rebeldes, Benghazi. Além disso, há negociações em Roma sobre o envio de fundos para os insurgentes líbios.
As forças do líder Muamar Kadafi reforçaram o cerco a Misurata, matando pelo menos cinco pessoas ontem. A revolta de mais de dois meses já deixou "milhares de mortos" na Líbia, segundo o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Um navio com 800 imigrantes e civis vindos de Misurata aportou hoje na cidade de Benghazi, no leste do país. A embarcação que retirou os últimos refugiados de Misurata entregou 180 toneladas de ajuda humanitária, incluindo comida e medicamentos. O aeroporto de Misurata está nas mãos do governo, portanto os rebeldes dependem totalmente do suprimento marítimo.
Ajuda
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse que as potências internacionais concordaram em estabelecer um fundo especial para ajudar os rebeldes líbios. Não foi divulgado, porém, o valor desse auxílio. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu que a comunidade internacional acelere o trabalho para isolar o regime de Kadafi, inclusive recusando-se a receber seus enviados.
Hillary disse que os ativos do regime de Trípoli bloqueados anteriormente pelos EUA serão usados "para ajudar o povo líbio". Washington examinará algumas leis que permitem o uso de parte dos ativos de Kadafi e de seu governo para auxiliar o povo do país. Cerca de US$ 30 bilhões em ativos líbios foram congelados nos EUA.
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