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Diplomacia

Em represália, Washington expulsa diplomatas da Venezuela

O governo dos Estados Unidos expulsou nesta segunda-feira (11) dois diplomatas venezuelanos que trabalhavam na embaixada em Washington. A medida acontece em represália à retirada de dois americanos que Caracas expulsou na semana passada. A expulsão venezuelana foi decretada pelo presidente interino, Nicolás Maduro, no dia 5, duas horas antes da morte de Hugo Chávez.

Os militares da Força Aérea americana David Del Monaco e o David Kostal foram acusados de entrar em contato com os militares venezuelanos para "investigar a situação das Forças Armadas do país" e "propor um projeto desestabilizador". Segundo integrantes do Departamento de Estado consultados pelas agências de notícias , o governo de Barack Obama esperou a cerimônia principal de morte de Chávez e o fim do período de luto para decretar a represália.

Os diplomatas expulsos foram Orlando José Montanez Olivares, funcionário da embaixada em Washington, e Victor Camacaro Mata, que serve ao consulado em Nova York. Turbulência

A decisão é mais um capítulo da relação entre os Estados Unidos e a Venezuela durante o governo os 14 anos de governo Hugo Chávez. Apesar de manter a exportação de petróleo, principal produto venezuelano, os dois países tiveram diferenças e embates diplomáticos. Desde 2010 não há embaixador americano em Caracas, assim como foi retirado o embaixador venezuelano em Washington. O conflito começou após Chávez rejeitar o nomeado do Departamento de Estado, que criticou seu governo. Em discurso no funeral de Chávez, Nicolás Maduro agradeceu também à delegação dos Estados Unidos e disse que os chavistas gostam de todos os países, mas também defendem um mundo sem nações hegemônicas. "Por que isso não pode ser possível? A América Latina tem esse desafio de nos unir e dizer que esse mundo tem que mudar". O evento teve a presença do reverendo americano Jesse Jackson, que pediu a união dos dois países. "Pedimos que Deus recupere as pontes entre Estados Unidos e Venezuela. Dividimos o mesmo continente, compartilhamos a paixão pelo beisebol, pelos recursos naturais, pelo combate às drogas".

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