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Ansioso por fortalecer os laços da Turquia com o continente africano, o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse na sexta-feira que o país abrirá uma embaixada na Somália e prometeu promover grandes projetos de infraestrutura em Mogadíscio.

A visita de Erdogan - a primeira feita por um líder de fora da África em quase duas décadas - foi destinada a chamar atenção para a questão da fome que atinge o país do Chifre da África. Ao menos 3,7 milhões de somalis estão sob risco de inanição.

Uma insurgência de quatro anos entre rebeldes islâmicos inspirados na Al-Qaeda e o governo apoiado pelo Ocidente transformou a capital em um amontoado de casas danificadas por balas, estradas esburacadas, montanhas de destroços e acampamentos improvisados e superlotados com dezenas de milhares de pessoas.

"Este lugar está em chamas e é possível extinguir o fogo", disse Erdogan em uma entrevista coletiva ao final de sua viagem de um dia, durante a qual parou em vários campos de refugiados, em uma clínica gerenciada por turcos e em um hospital danificado.

"Esta tragédia aqui é um teste de humanidade, valores humanos, modernidade e valores modernos. Estamos aqui para dizer ao mundo que esse teste deve ser passado com sucesso para provar que os valores ocidentais são mais do que retórica vazia", disse Erdogan, que esteve acompanhado por sua família e cinco ministros de governo.

A visita de Erdogan também reflete os esforços da Turquia para reforçar sua atuação na África, como o fez no Oriente Médio nos últimos anos, e para se promover como modelo de democracia muçulmana.

A Turquia está atrás de outros países emergentes, como China, Brasil e Índia, na corrida por novos mercados na África, mas no governo do Partido AK, de Erdogan, a Turquia reforçou o comércio com o continente e abriu várias embaixadas novas na região, em especial na África muçulmana.

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