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Cautela

Embaixada iraniana pede tempo para comentar relatório

Bruxelas – Procurada pela Agência Globo, a Embaixada do Irã em Bruxelas afirmou que ainda avaliaria o conteúdo do documento divulgado antes de emitir qualquer comentário, e disse ainda que seria necessário comparar os resultados do relatório com os textos escolares iranianos, para saber se a escolha das informações não teria sido seletiva.

Segundo o presidente do CMIP, Yohanan Manor, estes são os textos a que as crianças que estão nas escolas – o que não é obrigatório – têm acesso no Irã. Quem não freqüenta as salas de aula, afirma, está sujeito aos ensinamentos do rádio, da televisão, da mesquita, que podem ser ainda mais extremistas.

"Os manuais escolares são muito reveladores. É preto no branco. É algo político, muito mais do que religioso. O que se quer é a Revolução Islâmica no mundo inteiro para que o poder político seja muçulmano e tenha o Irã à frente dele", conclui Manor.

O Irã já foi e ainda é conhecido pela excelência do sistema de ensino universitário. Mas, de acordo com a diretora do Instituto de Sociologia da ULB, esta vem sendo confrontada com aspectos que nada têm a ver com a educação, como separar vagas universitárias para mártires da guerra santa ou para filhos destes.

"Antes havia concursos para a universidade que mediam apenas o nível de conhecimento do aluno. A questão da ideologia também prejudica a qualidade do ensino", diz Nahavandi.

Segundo Nahavandi, pode-se traçar um paralelo com o que aconteceu com os soviéticos que tinham especialização notória em diversas áreas muito superior aos EUA.

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