O embaixador brasileiro em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, voltará a seu posto em Tel Aviv após ter ficado mais de um mês no Brasil, para consultas do Itamaraty. O Ministério de Relações Exteriores disse nesta quinta-feira (28) que liberou a volta do diplomata à embaixada em função do cessar-fogo entre Israel e Hamas, anunciado dois dias antes.
"O Brasil acolhe com satisfação o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Palestina com base no esforço de mediação do Egito", diz o comunicado do Itamaraty.
A diplomacia brasileira defendeu também o fim do conflito na região, baseado na criação de um Estado palestino. "O governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina, com base na solução de dois estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança."
No dia 23 de junho, o Itamaraty convocou o embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pinto para consultas a respeito do que chamou de "uso desproporcional da força" por Israel em sua ofensiva na faixa de Gaza.
A diplomacia brasileira fez duas notas com críticas à operação militar israelense. Em resposta, o porta-voz da diplomacia de Israel, Yigal Palmor, chamou o Brasil de "anão diplomático" e disse que "desproporcional é perder de 7 a 1", em referência ao resultado do jogo entre Brasil e Alemanha na Copa do Mundo.
Incomodou os israelenses o fato de as críticas brasileiras não terem citado o Hamas.
Depois, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou à presidente Dilma Rousseff e pediu desculpas pela atitude da diplomacia de seu país.
- Presidente de Israel pede desculpas para Dilma
- Ministro rebate Israel e diz que Brasil não é "anão diplomático"
- Confederação Israelita do Brasil lamenta crítica do Itamaraty a Israel
- Israel repudia crítica do Brasil sobre bombardeios na Faixa de Gaza
- Brasil convoca embaixador em Israel e critica ação na Faixa de Gaza
- Palestina mandará carta ao Itamaraty para agradecer apoio do Brasil