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La Paz – As reservas bolivianas de gás natural são menores do que as estimadas, admitiu a estatal local YPFB. A empresa anunciou o rompimento do contrato com a empresa norte-americana certificadora de reservas DeGoyle & MacNaughton, a quem acusou de superestimar os dados nos últimos anos. A direção da YPFB já abriu concorrência para a contratação de outra certificadora, com o objetivo de definir quais são realmente os recursos do país.

Segundo os cálculos da De Goyle, a Bolívia tinha reservas provadas de 26,47 trilhões de pés cúbicos (TCF) em dezembro de 2004, último número disponível. Somando as reservas prováveis – que têm potencial menor de produção e necessitam de estudos complementares para comprovação - o país tinha 48,76 TCF no final daquele ano, o que o colocava na segunda posição entre as maiores reservas de gás da América do Sul, atrás apenas da Venezuela.

A revisão dos números não deve retirar da Bolívia a segunda colocação entre as principais reservas sul-americanas de gás natural. Mas, para os especialistas, mostra que o país precisa atrair investimentos para o setor, se quiser manter o gás como principal atividade. A DeGoyle não tinha se posicionado até ontem.

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