Corporações e bilionários da China têm ficado para trás em contribuições para o combate ao surto de Ebola na África Ocidental, apesar de vastos laços econômicos do país com a região, disse o Programa Mundial de Alimentos, agência da ONU, nesta segunda-feira (20).

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O surto de Ebola na África Ocidental, o pior já registrado até hoje, já matou mais de 4.000 pessoas. A China contribuiu com cerca de 40 milhões de dólares em ajuda para combater a doença, incluindo 6 milhões de dólares para o Programa Mundial de Alimentos.

Cerca de 1 milhão de cidadãos chineses vivem na África, sendo cerca de 10.000 em Serra Leoa, Guiné e Libéria, os países mais afetados pelo surto do Ebola.

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"Onde estão os bilionários chineses e seu potencial impacto? Por que este é o momento em que eles poderiam realmente ter um grande impacto", disse Brett Rierson, representante da organização na China, em uma coletiva.

"Você pode perguntar o mesmo ao setor empresarial (chinês), que é o maior investidor na África Ocidental no momento."

A Sihuan Pharmaceutical Group Holdings Ltd., fabricante chinesa de medicamentos que tem ligações com os militares, enviou à África vários milhares de doses de uma droga experimental contra o Ebola e está planejando testes clínicos lá.

A China também mandou centenas de trabalhadores da área humanitária para a África para ajudar na assistência às vítimas.

Dudley Thomas, o embaixador da Libéria na China, disse à Reuters que seu país conseguiu uma doação de 100.000 dólares de uma grande empresa de construção chinesa, que tem projetos no país, mas pouca coisa além disso.

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De acordo com Mao Qun'an, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, além de enviar ajuda aos países afetados, a China tem treinado médicos em hospitais públicos no tratamento dos casos de Ebola.

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