O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, foram acusados na segunda-feira (5) de antissemitismo pela Liga Anti-Difamação (ADL, na sigla em inglês), uma das mais importantes entidades judaicas dos Estados Unidos.
Três pontos são citados pela organização para comprovar o antissemitismo. Primeiro, Zelaya divulgou um boato de que "mercenários israelenses" estariam tentando assassiná-lo. O presidente deposto afirmou, em entrevistas aos jornais "Miami Herald" e "El País", compiladas pela ADL, que foi "torturado" por radiação em alta frequência e gases tóxicos lançados por esses supostos agentes secretos de Israel.
Além disso, uma segunda acusação indica que Chávez e alguns seguidores de Zelaya espalharam uma informação mentirosa de que Israel teria reconhecido o governo golpista de Roberto Micheletti. A afirmação do venezuelano, prontamente desmentida pelos israelenses, foi realizada em seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), há duas semanas.
Para completar, jornalistas hondurenhos ligados ao presidente deposto disseram que "judeus" participaram da ação contra Zelaya. O diretor da rádio Globo de Honduras, David Romero, chegou a elogiar o líder nazista Adolf Hitler.
"Do presidente Zelaya a figuras da imprensa e ativistas políticos, tem havido um preocupante antissemitismo", disse Abraham H. Foxman, diretor da ADL, em declarações publicadas no site da entidade norte-americana que combate o preconceito contra judeus. Segundo a ADL, apenas cem famílias judias vivem em Honduras.
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