O enviado especial da ONU no Iraque, Martin Kobler, fez nesta terça-feira (28) uma chamada às autoridades do país para que tomem as medidas necessárias para proteger os cidadãos, após a onda de atentados que causou dezenas de mortos na segunda-feira (27).

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"Peço novamente a todos os líderes iraquianos para que façam tudo o que for possível para proteger os civis. É sua responsabilidade deter agora o derramamento de sangue no país", afirmou Kobler, que condenou "categoricamente" os ataques.

O responsável da ONU destacou a necessidade dos dirigentes iraquianos atuarem de maneira imediata com a elaboração de um diálogo destinado a resolver a atual crise política e, com isso, "evitar que os terroristas se beneficiem de suas diferenças".

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Além disso, Kobler advertiu que, se as autoridades não buscarem reverter essa situação, o país corre risco de se dirigir a um perigoso e incerto futuro.

Ontem, pelo menos 43 pessoas morreram e 176 ficaram feridas após várias explosões de carros-bomba e artefatos em diferentes bairros de Bagdá.

O Iraque está imerso em uma crise política originada pelos protestos de manifestantes em províncias de maioria sunita, que pedem a libertação de presos, a derrogação da lei antiterrorista e o fim da discriminação que dizem sofrer por parte do Governo do primeiro-ministro, o xiita Nouri al Maliki.

No último dia 23 de abril, 26 pessoas morreram e 155 ficaram feridas durante uma operação das forças da ordem em uma praça tida como um tradicional local de protestos de sunitas no povoado de Al Hueiya, em Kirkuk (norte), a qual desencadeou vários ataques e atentados em todo Iraque.

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