O negociador iraniano para questões nucleares, Saeed Jalili, viajará à China na quinta-feira para discutir com o governo que terá um papel importante na decisão sobre se a República Islâmica enfrentará uma nova rodada de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por seu programa nuclear.
Jalili foi convidado por Dai Bingguo, um diplomata chinês que trabalha como conselheiro de Estado para políticas exteriores, informou a agência estatal chinesa Xinhua, citando a televisão iraniana.
Sua visita acontece em meio à pressão dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais para convencer a China a aprovar uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, acusado pelo Ocidente de querer construir armas atômicas.
O governo de Teerã alega que suas atividades nucleares têm fins pacíficos.
Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, a China tem o poder de veto a quaisquer resoluções, e seus principais diplomatas têm se mostrado relutantes em aplicar novas sanções ao Irã, um grande fornecedor de petróleo à China.
O Ministério de Relações Exteriores chinês não comentou publicamente a visita de Jalili, nem disse se apoiaria novas sanções. Pequim já apoiou resoluções anteriores da ONU contra o Irã.
"A China é contra o Irã produzir armas nucleares, mas ao mesmo tempo acredita que, como Estado soberano, o Irã tem o direito de desenvolver energia nuclear pacificamente", afirmou a repórteres o porta-voz ministerial, Qin Gang, em Pequim na terça-feira.