O Equador descartou um encontro bilateral com a Colômbia durante a reunião de presidentes da Unasul, mas seguirá trabalhando para recompor as relações diplomáticas interrompidas há mais de um ano, disse nesta quinta-feira o chanceler equatoriano, Fander Falconí.
Os membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) se reunirão no fim do mês na Argentina para analisar um plano militar negociado pela Colômbia com os Estados Unidos que despertou críticas e preocupações na região.
No encontro, estará presente o presidente colombiano, Alvaro Uribe, que sinalizou sua intenção de iniciar diálogos para recompor os laços formais entre ambos os países. Mas, para o Equador, esse cenário não servirá para aproximação.
"No contexto da reunião da Unasul não prevemos um diálogo bilateral (...). Estão dadas as condições para que haja um processo adequado entre os dois países", disse Falconí a jornalistas.
O chanceler declarou que Quito e Bogotá pedirão de "forma conjunta" a mediação de uma organização internacional "para que se coloquem os pontos que contemplam a relação bilateral, que é bastante complexa".
A aproximação entre os dois países ocorre após mais de um ano de divergências por causa de uma incursão do Exército colombiano em território equatoriano para a destruição de uma base das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"As coisas estão se esclarecendo entre os dois países", insistiu Falconí, que teve na véspera uma rápida reunião com seu par colombiano, Jaime Bermúdez, em Lima.
Uribe expressou na semana passada sua disposição de restabelecer as relações com o Equador e a Venezuela, mas sem renunciar aos planos de permitir a utilização de sete de suas bases por soldados norte-americanos.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, aceitou a abertura de diálogo mas sob condições que devem ser cumpridas por Bogotá, entre elas deixar de vincular seu governo com as Farc e desistir de seus planos sobre as bases militares.
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