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Polêmica sobre bases

Uribe confirma presença em cúpula da Unasul na Argentina

Álvaro Uribe faz gestos durante conferência de imprensa no México. Presidente anunciou comparecimento na reunião dos integrantes da Unasul, na Argentina | Eitan Abramovich / AFP Photo
Álvaro Uribe faz gestos durante conferência de imprensa no México. Presidente anunciou comparecimento na reunião dos integrantes da Unasul, na Argentina (Foto: Eitan Abramovich / AFP Photo)

O governo da Colômbia confirmou nesta quinta-feira (13) a participação de seu presidente, Alvaro Uribe, e do ministro de Relações Exteriores do país, Jaime Bermúdez, na reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para discutir o acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos, que prevê a utilização de sete bases militares no país latino-americano, entre outros assuntos.

O anúncio foi feito por César Mauricio Velásquez, porta-voz da presidência, que leu um breve comunicado aos jornalistas na sede governamental. A agenda da cúpula extraordinária da Unasul "será variada e a reunião não implica uma condição para o acordo entre Colômbia e Estados Unidos para enfrentar com mais êxito o narcotráfico e o terrorismo", disse o comunicado lido pelo porta-voz.

O encontro foi marcado para 28 de agosto, na cidade argentina de Bariloche, 1.600 quilômetros a sudoeste da capital Buenos Aires, informou a chancelaria colombiana.

Uribe e Bermúdez não participaram da cúpula ordinária da Unasul, realizada em Quito na última segunda-feira, entre outras razões porque Colômbia e Equador romperam relações diplomáticas em março de 2008.

Presidentes da região, especialmente o venezuelano Hugo Chávez e o equatoriano Rafael Correa, fizeram críticas durante o encontro em Quito. A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, propôs que o assunto do uso das bases fosse discutido mais calma em outra reunião e ofereceu seu país como local para as discussões.

O subsecretário adjunto de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental norte-americano, Cristopher McMullen, disse que os comentários de Chávez de que as bases na Colômbia poderiam provocar uma "guerra" na região "não é responsável, porque não serve à causa da paz na região".

Em entrevista publicada na quinta-feira no jornal El Comercio, de Quito, McMullen, disse que as críticas da Venezuela, Bolívia e Equador "parecem travessura de algumas pessoas. Não há verdade nessas declarações e não nos pediram informação".

Ele enfatizou que "não temos nada a ocultar" e que seu país enviou informações ao Brasil "porque eles nos perguntaram".

Ele afirmou que sobre o tema das bases "tem havido confusão e devo esclarecer que não temos, não queremos, nem temos planos de construir bases na Colômbia".

"Talvez haja muita especulação sobre o assunto. E há pessoas que estão tratando de promover uma ideia que não existe", afirmou.

A Colômbia afirma que suas negociações com Washington são para ampliar a cooperação que já existe na luta contra as drogas e contra a subversão e nega que com o convênio se "instalem" ou sejam abertas bases norte-americanas no país.

Mas líderes da região, incluindo moderados como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e a presidente do Chile, Michelle Bachelet, concordam que tanto Bogotá como Washington deveriam esclarecer o alcance da cooperação, embora Chávez e Evo Morales, presidente da Bolívia, assegurem que a presença militar dos Estados Unidos no país andino é um risco para a seguridade nacional. As informações são da Associated Press.

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