Christchurch - Vários países enviaram ontem equipes de resgate para ajudar na busca por mais de 300 desaparecidos no terremoto da noite de segunda-feira (horário de Brasília), que devastou a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. O trabalho deveria avançar por toda a madrugada.
O terremoto de magnitude 6,3 ocorreu a apenas 5 km da cidade e a uma profundidade de 4 km o que tornou seus efeitos mais devastadores. Muitos prédios desmoronaram, incluindo a sede da tevê local, e vários outros estão sob ameaça de ruir a qualquer momento. Ao menos 75 pessoas morreram, mas o número de vítimas deve aumentar. Uma escola para estrangeiros também foi destruída e muitos alunos, especialmente japoneses, estão desaparecidos.
Um cordão de isolamento foi colocado em torno do Hotel Grand Chancellor, de 26 andares, depois que um de seus lados caiu e as janelas ficaram penduradas a 45 graus. Engenheiros avaliaram a estrutura do prédio e diagnosticaram que ele se moveu três metros em apenas dez minutos. O hotel afirmou em comunicado que o local foi esvaziado logo após o terremoto e que "neste momento" não há relatos de feridos ou mortos.
A polícia reforçou o toque de recolher com o cair da noite de ontem, para evitar ondas de saque e que as pessoas circulem em uma área onde há risco de desmoronamentos.
A medida foi imposta a partir das 18h30 (2h30 em Brasília) em todo o distrito comercial de Christchurch "inteiramente por motivos de segurança devido ao grande número de prédios altamente instáveis na área". A polícia anunciou ter prendido ao menos seis na área por acusações de roubo e furto.
As autoridades se esforçam ainda para retomar os serviços essenciais. O conselho municipal aponta que 80% da cidade não tem água corrente e pediu aos moradores que não abusem dos banhos e que coletem água da chuva. Já a energia elétrica voltou para apenas 60% das casas.
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