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Balão mostra “o tamanho de uma tonelada de CO2”, em Copenhague: ativistas protestam contra rascunhos inócuos | Axel Schmidt /AFP
Balão mostra “o tamanho de uma tonelada de CO2”, em Copenhague: ativistas protestam contra rascunhos inócuos| Foto: Axel Schmidt /AFP

Paraná vai à conferência

A partir de amanhã, uma equipe de observadores que está em Copenhague para acompanhar a Conferência das Partes da Con­­venção do Clima (COP15) relatará suas impressões na Gazeta do Povo.

Em uma coluna diária, os profissionais, todos atuantes no setor ambiental de Curitiba, irão relatar os bastidores, comentar as negociações e ressaltar pontos de interesse para os paranaenses. Eles chegaram ontem à capital dinamarquesa, onde acompanham a fase decisiva das ne­­gociações.

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Financiamento

Europeus definem hoje recursos aos países pobres

Folhapress

A União Europeia se reúne hoje em Bruxelas para decidir quanto porá na mesa como oferta de financiamento para os países em desenvolvimento lidarem com a mudança climática e cortarem emissões.

O número, esperadíssimo em Copenhague, pode desatar o nó mais complexo de um acordo.

Até agora não vazaram cifras, e mesmo pessoas envolvidas na discussão alegam não saber dar um parâmetro. Mas a UE, diferentemente dos EUA e do Japão, fala de financiamento até 2020, e não apenas até 2012 (o chamado "fast money’’).

A ONG Oxfam estima que o bloco possa contribuir com cerca de US$ 50 bilhões anuais a partir de 2013. Isso representa um terço do que os europeus estimam necessário para custear as ações nos países pobres.

O principal entrave a uma proposta europeia até agora têm sido os países centro e leste-europeus, mais pobres, e que temem ver ameaçada a ajuda financeira que recebem dentro do próprio bloco.

São eles que precisarão ser persuadidos hoje – caso contrário, a discussão pode acabar protelada para a última hora.

Mas o dinheiro, seja quanto for, não será restrito a determinados países, afirmou o principal negociador europeu, Artur Runge-Metzger. "Nos grandes países emergentes vivem muitas pessoas pobres, o que significa que vamos considerar auxiliá-los também’’, disse, citando Brasil e Índia.

Uma versão ampliada do Pro­­to­­colo de Kyoto deve continuar em vigor até 2020, segundo o esboço de um acordo preparado pela Di­­namarca, que sedia a conferência das mudanças do clima das Nações Unidas (ONU) em Co­­pe­­nhague. "As partes do Protocolo de Kyoto (...) decidem que novos compromissos pa­­­­ra os países de­­senvolvidos de­­vem ser assumidos na forma de uma limitação quantificada das emissões (de gases do efeito estufa) e de objetivos de re­­dução", diz um texto que va­­zou para a im­­pren­­sa.

O Protocolo de Kyoto, ado­­tado em 1997, obriga todos os países industrializados (menos os EUA, que se retiraram do tratado) a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa até 2012. Em Co­­pe­­nhague, 190 paí­­ses discutem co­­mo ampliar es­­ses mecanismos para que todos os países se envolvam no combate ao aque­­cimento global até 2020.

Muitos países ricos querem um único pacto da ONU para substituir o Protocolo de Kyoto. Mas nações pobres defendem uma abordagem dupla – a ma­­nutenção de Kyoto, com cortes maiores de emissões para os ri­­cos, e um novo tratado para os po­­bres, com menos exigências.

A proposta dinamarquesa de quatro páginas, datada de 30 de no­­vembro, sugere que o Proto­­colo de Kyoto pode sobreviver à conferência de Copenhague, que vai até o dia 18, junto a um novo pacto que estabeleceria as obrigações dos países em desenvolvimento e dos Estados Unidos.

O texto defende o "melhoramento" de mecanismos previstos no Pro­­tocolo de Kyoto, como o comércio de créditos de emissões e a promoção de tecnologias limpas pa­­ra países em desenvolvimento. A Dina­­mar­­ca diz estar consultando muitos países, mas que não fará propostas formais antes da cúpula de 110 líderes mundiais nos dias 17 e 18.

Embate

Enquanto o teor do documento final resta incerto, as nações em desenvolvimento que já enfrentam os efeitos das mudanças climáticas exigem que os países ricos arquem com mais custos no combate ao aquecimento global.

Ontem, negociadores tentaram aproximar as posições en­­tre os 192 países participantes e re­­duzir o crescente racha entre ricos e pobres, no terceiro dia de conferência.

As nações insulares, os países pobres e aqueles em busca de fi­­nanciamento para preservar suas florestas tropicais estão entre os descontentes.

Alguns países mais pobres te­­mem que o peso dos custos de combate aos gases causadores do efeito estufa recaia sobre seus om­­bros. Eles pleiteiam bilhões de dólares em ajuda para fazer frente ao aquecimento global.

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Interatividade

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