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Protestos

Irinêo Baptista Netto/GP

No mesmo dia em que os dez anos dos atentados foram lembrados em uma cerimônia oficial, vários manifestantes aproveitaram para defender suas opiniões. Um dos grupos mais evidentes ao redor do WTC eram os chamados "truthers", aqueles que consideram a "versão oficial" do 11 de Setembro uma farsa provavelmente arquitetada pelo governo Bush. Psicólogos dizem que as teorias conspiratórias surgem como uma reação a um fato difícil de assimilar.

A certa altura da cerimônia dos dez anos do 11 de Setembro, Paul Simon subiu ao palco para cantar "The Sound of Silence", uma de suas músicas mais conhecidas. A escolha foi perfeita porque "O Som do Silêncio" foi o que se ouviu durante as cinco horas do tributo às vítimas que morreram nos atentados de 2001 e de 1993. Durante todo o tempo, a multidão de milhares de pessoas permaneceu quieta, tranquila e falando muito baixo quando necessário. À medida que os nomes eram lidos por aqueles que estavam no palco, os conhecidos no público se manifestavam discretamente. Depois da primeira hora, o silêncio na multidão e os nomes sendo pronunciados criaram uma atmosfera solene e emocionante. Além de Simon, James Taylor cantou "You Can Close Your Eyes" e o violoncelista Yo-Yo Ma tocou uma peça de Johann Sebastian Bach.

Segurança

Acompanhados das esposas Michelle e Laura, Barack Obama e George W. Bush participaram do evento de ontem, no World Trade Center, permanecendo de pé atrás de um vidro à prova de balas. Como previsto, o esquema de segurança para o aniversário do 11 de Setembro foi agressivo, com dezenas de ruas fechadas, revistas, cães e uma quantidade incrível de policiais. Nas ruas, aqueles que paravam por alguns instantes por qualquer motivo, logo eram repreendidos: "Continue andando! Não pare!", diziam os policiais.

Ruas

Ao redor do WTC, na região de Lower Manhattan, dezenas de ruas foram fechadas. Outras permaneceram abertas para veículos, mas fechadas para pedestres. Para entrar em determinadas áreas do bairro, era preciso passar por barreiras policiais, se dispor a ter a mochila ou a bolsa revistada e encarar um detector de metais. Para a imprensa que cobriu a abertura do Memorial, cães farejadores rastreavam os pertences dos jornalistas que também passavam por outras duas barreiras com policiais.

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