As seções eleitorais fecharam suas portas às 18H00 local (19H30 Brasília) deste domingo (7) na Venezuela, ao final da votação para escolher o próximo presidente do país, mas onde há filas o pleito prossegue, informou a titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena.
"Devemos recordar que ainda existem eleitores e eleitoras votando, e lembrar também ao Plano República (operação militar encarregada da segurança durante a eleição) que seções permanecem abertas diante de eleitores nas filas", disse Lucena.
O Conselho Nacional Eleitoral divulgará o primeiro boletim sobre a disputa entre o presidente Hugo Chávez e o ex-governador Henrique Capriles Radonski "quando os resultados forem irreversíveis".
"Devemos felicitar mais uma vez o povo da Venezuela, os eleitores e eleitoras desta magnífica jornada eleitoral. O povo venezuelano saiu, uma vez mais, para manifestar sua opinião e decidir com seus votos os destinos deste país", destacou Lucena em uma breve declaração.
As 13.800 seções eleitorais abriram suas portas às 06H00 local (07H30 Brasília) e a jornada não teve maiores incidentes. Os venezuelanos compareceram em peso às urnas, segundo as autoridades.
Pesquisas
Duas de três pesquisas de boca de urna não oficiais divulgadas neste domingo dão vitória ao candidato opositor, Henrique Capriles. De acordo com a Ivad, Hugo Chávez ganharia por oito pontos percentuais, mas, segundo os institutos Consultores 21 e Varianza, Capriles seria o presidente, com quatro e dois pontos percentuais de vantagem, respectivamente.
Em sua conta no Twitter, o ministro das Relações Exteriores do Equadro, Ricardo Patiño, disse que tinha acesso a uma das bocas de urnas não oficiais. Segundo números divulgados pela Varianza, o opositor teria 51,3% dos votos, contra 48,06% para o presidente venezuelano "Assim que as pesquisas forem oficiais vamos divulgá-las. Viva a Venezeula!", postou.
Os dois candidatos votaram na tarde deste domingo, em Caracas. Defendendo fortemente a democracia, e prometendo apoiar os resultados das eleições presidenciais, "ganhe quem ganhe" Chávez afirmou que "quem quiser ver uma democracia deve ir à Venezuela". Em meio a aplausos, o candidato opositor votou em um colégio eleitoral na zona leste de Caracas. Logo depois de deixar a urna, Capriles disse estar muito emocionado pelo que vai acontecer na Venezuela.
Pela primeira vez em muitos anos, as pesquisas no país não oferecem um panorama claro. A maioria dos principais levantamentos deu vantagem a Chávez, mas dois reconhecidos institutos desenham um cenário de empate técnico com chance para o candidato opositor. Segundo a BBC, quase 140 mil soldados fizeram a segurança de mais de 10 mil centros eleitorais.
Veja as fotos deste domingo de votação na Venezuela
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