O anúncio do papa Bento XVI de tornar pública sua decisão de renunciar, no próximo dia 28, fez com que todos os dias ocorram entrevistas coletivas na sala de imprensa da Santa Sé. As entrevistas, em geral, são comandada pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, que é também o diretor da sala de imprensa. No próximo dia 27, Bento XVI faz sua última audiência geral.

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Em quase oito anos de pontificado, Bento XVI presidiu 348 audiências gerais, das quais participaram 4,9 milhões de pessoas até dezembro de 2012. O maior número de fiéis foi registrado em 2006, quando houve 45 audiências, das quais participaram mais de 1 milhão de pessoas. Em 2013, houve oito audiências públicas, sem dados sobre o número de participantes.

Até amanhã (23) o papa estará em retiro espiritual. Na meditação de ontem (21) o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, disse que na dor, o ser humano não encontra resposta e pode entrar em desespero ou ficar em silêncio. O cardeal contou a história de Emmanuel Mounier, que, vendo a filha sofrendo de encefalite aguda, não a via doente, mas com uma aura de mistério.

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"Deus, em Cristo, não nos protege dos sofrimentos, mas apoia-nos e nos liberta do sofrimento ficando conosco", ressaltou o cardeal. Até amanhã a Rádio Vaticano colocará à disposição, todos os dias, as meditações do cardeal Ravasi. As meditações podem ser obtidas no site da emissora, em italiano.

Assim que renunciar, Bento XVI irá morar em Castel Gandolfo, depois no Mosteiro Mater Ecclesia, no Vaticano. Segundo o porta-voz, Bento XVI estará acompanhado por seu secretário particular dom Georg Gaenswein, que permanecerá como prefeito da Casa Pontifícia.

Não há previsão de aparições públicas do papa. "Bento XVI permanecerá no Vaticano por motivos compreensíveis de caráter logístico e organizativo", disse ele. O papa disse que assim que renunciar pretende deixar a vida pública e se esconder.