Fumaças na Capela Sistina foram produzidas por dispositivo eletrônico

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O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Federico Lombardi, explicou que as fumaças lançadas pela chaminé da Capela Sistina são produzidas através de um dispositivo eletrônico. Este ano, foram colocados dois fogareiros na Capela Sistina: um para exalar fumaça e o outro para queimar as cédulas. No braseiro mais moderno se insere um cartucho que tem um tamanho de aproximadamente 25 cm x 15 cm x 7 cm, que consiste em cinco cargas químicas. Cada uma dessas cargas dura cerca de um minuto, com um total previsto para sete minutos de fumaça. A fumaça preta é feita com perclorato de potássio, antraceno e enxofre. A fumaça branca é composta de clorato de potássio, lactose e colofônio.

O porta-voz também esclareceu que a fumaça não tinha obscurecido nem danificado os afrescos de Michelangelo ou criado problemas de saúde aos cardeais. Os purpurados estavam bem na noite anterior e hoje de manhã (13) manifestavam bom humor e boa saúde, inclusive alguns foram desde a residência apostólica até a Capela Sistina à pé, não utilizando um ônibus específico para isso. "Em outros anos, por questão de segurança, isto não foi possível. Mas, neste ano, sim", declarou.

Quanto ao tempo de cada escrutínio, Lombardi disse que os cardeais se dirigem lentamente à mesa para deixar o voto, rezando uma oração cujo conteúdo essencial é algo como pedir ajuda a Deus para que aquele voto, feito à consciência, livremente, seja para o bem da Igreja e do mundo. Da mesma forma, voltam para seus lugares.

Também falou que o clima do conclave é de muita oração e que por isso os cardeais costumam falar em um tom baixo, mantendo um profundo recolhimento, que facilita a concentração a fim de que possam meditar tanto sobre as discussões mais imediatas como o que estudaram anteriormente, entre todos cardeais. Desta maneira, dispõem-se a realizar a eleição da melhor forma possível, elegendo o papa inspirado por Deus em suas almas.