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O papa Francisco terá mais compromissos na Jornada Mundial da Juventude do que estava previsto para seu antecessor, o papa emérito Bento XVI. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, levará ao Vaticano a proposta para que o argentino visite o Cristo Redentor e uma favela, a exemplo do que fez João Paulo II, que esteve no Morro do Vidigal, na zona sul, em 1980. Dom Orani tem uma pista de que seus convites serão aceitos: foi avisado de que o papa começará a ter aulas para aperfeiçoar o português.

"Evidentemente, com Bento XVI havia uma limitação por causa da idade, para não cansá-lo demais. Com o novo papa, poderemos ter outros compromissos que não estavam previstos. Um sonho que eu tinha era levar o papa ao Cristo Redentor e agora talvez possa se concretizar", afirmou dom Orani, em entrevista ao RJTV.

A programação inicial previa a participação do papa na missa de acolhimento, em Copacabana, na quinta-feira, 25 de julho; na via sacra que será encenada também em Copacabana, no dia seguinte; na vigília, em Guaratiba, no sábado; e na missa de encerramento, no domingo, 28. O papa também receberá dois jovens de cada continente para um almoço, no Palácio São Joaquim, na Glória. Esses compromissos estão mantidos.

Dom Orani irá a Roma para acertar a agenda do papa. Possivelmente, o arcebispo vai propor que Francisco visite uma favela pacificada. "Começamos a conversar e a estudar e uma das hipóteses é essa, que ele visite uma área pacificada, por causa da questão da segurança", afirmou o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Antonio Augusto Dias Duarte, vice-presidente do Comitê Organizador Local (COL).

Dom Antonio acredita que a inscrição de latino-americanos, principalmente argentinos, aumente com a escolha do papa Francisco, mas ainda não foi possível contabilizar se já houve crescimento no número de inscritos. Até agora, os argentinos representam o maior número de voluntários de outras nacionalidades - 695, entre 7.500 voluntários estrangeiros.

O COL terá reuniões com os ministérios da Defesa, Justiça e Secretaria Especial de Grandes Eventos para discutir como será a fiscalização nas fronteiras, por conta do possível aumento de peregrinos. "Tudo deve estar muito organizado, a questão dos aeroportos, estradas, zonas fronteiriças. Vamos expor essas dificuldades para esses órgãos", afirmou. O bispo auxiliar reforçou o apelo para que mais pessoas abram suas casas para receber peregrinos. Estão asseguradas até agora 250 mil vagas; a meta é chegar a um milhão.

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