Uma decepção amorosa aos 12 anos mudaria a vida de Jorge Bergoglio, o Papa Francisco. O argentino, seduzido por uma paixão platônica, teria se frustrado com o "não" de sua namoradinha antes de decidir que seguiria os passos da religião. Essa é a história contada por Amalia à imprensa local, um dia após Bergoglio ser eleito o sucessor de Bento XVI.

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"Se não me caso com você, viro padre", relembra a mulher, as palavras escritas por Bergoglio em uma carta. O romance não teria prosperado pela oposição dos pais de Amalia.

"Quando éramos jovens, ele me escreveu uma carta e não respondi. Eu queria desaparecer do mapa. Meu pai me bateu porque eu me atrevi a escrever uma carta para um menino. Ele (Bergoglio) tinha desenhado uma casa que tinha um teto vermelho, branca e abaixo dizia: 'esta é a casa que vou comprar quando nos casarmos'", contou Amalia.

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Depois do romance no bairro portenho de Flores, eles nunca mais se encontraram. "Meus pais nos afastaram e fizeram de tudo para que nos separássemos. Agora ambos somos humildes e talvez alma gêmea porque amamos os pobres. Quando aconteceu isso com os meus pais pedi que Jorge se afastasse por que meu pai iria pegá-lo."

Visivelmente emocionada, Amalia lamenta que Bergoglio não tenha celebrado seu casamento com seu atual marido em uma paróquia do bairro. O cardeal argentino, jesuíta e arcebispo de Buenos Aires, tornou-se nesta quarta-feira o 266º Papa da Igreja Católica.