Homem passa por banca de jornais nesta segunda-feira em Atenas, depois de partidos não conseguirem chegar a um acordo sobre governo de coalizão| Foto: AFP PHOTO / LOUISA GOULIAMAKI

Após Alexis Tsipras, líder da Coalizão de Esquerda Radical, conhecida como Syriza, afirmar que não participaria das conversas com o presidente Karolos Papoulias e com líderes de outros partidos, ele disse que pode se encontrar com Papoulias sozinho ou com todos os partidos do Parlamento, exceto o neonazista Aurora Dourada.

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Karolos Papoulias está se reunindo com os quatro principais líderes partidários gregos e tem a difícil missão de conseguir levá-los um acordo para a formação de uma coalizão até quinta-feira. Caso não alcance esse objetivo, ele terá que convocar novas eleições parlamentares.

No domingo, Tsipras disse que não iria mais participar das negociações porque não iria apoiar uma coalizão que defenda políticas de austeridade. Também estão na mesa de conversa Evangelos Venizelos, do socialista Pasok; Antonis Samaras, do conservador Nova Democracia; e Fotis Kouvelis, do pequeno Esquerda Democrática.

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"O líder do Syriza não tem intenção de participar de reuniões seletivas com líderes políticos convocados pelo presidente grego. Contudo, está à disposição do presidente para se reunir com ele a título individual ou se encontrar com todos os partidos do Parlamento, com exceção do Aurora Dourada", afirma um comunicado emitido pela Coalizão de Esquerda Radical, partido que conquistou o segundo maior número nova votação.

Kouvelis, do Esquerda Democrática, disse que a formação de um governo não é possível no atual contexto. "Nenhum governo de unidade pode ser formado. Um governo sem o Syriza não teria a popularidade e o apoio parlamentar necessários", afirmou o esquerdista moderado à TV grega.

Ministros das Finanças dos países integrantes da União Europeia vão se encontrar mais tarde em Bruxelas para discutir a crise grega. A Comissão Europeia disse esperar que a Grécia continue fazendo parte da zona do euro, mas ressaltou que o governo do país deve respeitar suas obrigações. O temor geral é que o impasse político piore a situação econômica grega, levando ao calote da dívida externa.