Caracas (Ansa) Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, representam modelos políticos de esquerdas "compatíveis, e não diferenciados", cujas experiências têm "ritmos e rumos próprios", disse em Caracas o assessor do governo brasileiro Marco Aurélio Garcia.
Garcia minimizou as separações que alguns setores políticos, especialistas e acadêmicos da região estabelecem entre a esquerda representada por Chávez e de Lula, situando o primeiro em tendências supostamente mais radicalizadas.
No dia anterior, Chávez foi à televisão para dizer que pretende desapropriar mais de 50 mil hectares de terras. O líder venezuelano que se tornou a principal referência da esquerda na América do Sul alega que, em seu país, "a propriedade privada não é sagrada". Já o presidente Lula enfrenta protestos de grupos sem-terra, que alegam terem sido enganados com promessas de desapropriações.
"É uma separação artificial", disse o assessor, em entrevista ao jornal local Ultimas Noticias. As experiências são complementares, defende. Ele destacou que "seria muito ruim se tivéssemos um ou dois modelos para a América do Sul".
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