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Líder jihadista pede libertação de britânico sequestrado

Agência Estado

O renomado ideólogo jihadista Abu Mohammed al-Maqdisi cobrou neste sábado a libertação do britânico Alan Henning, sequestrado por combatentes do Estado Islâmico, afirmando que o Islã proíbe o assassinato de não-muçulmanos que trabalham em agências de ajuda humanitária.

Al-Maqdisi, que foi libertado recentemente pela Justiça da Jordânia após cumprir pena de cinco anos por terrorismo, disse em um comunicado divulgado em seu website que agentes humanitários que ajudam muçulmanos pobres e necessitados devem ser respeitados e protegidos. O líder jihadista foi mentor de Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque que foi morto por um ataque dos EUA em 2006.

O Estado Islâmico, que já decapitou dois jornalistas norte-americanos e um agente humanitário britânico, tem ameaçado matar Henning como retaliação pelos ataques promovidos pelos EUA e Europa contra seus militantes.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) fundou nesta semana um "corpo policial" na província de Ninawa, no norte do Iraque, para manter a segurança na região e aplicar suas leis.

Homens de todas as idades, incluídos menores, fazer parte da força policial, explicou neste sábado à Agência Efe Mohammed al Taei, funcionário da prefeitura de Mossul antes dos jihadistas ocuparem a cidade.

O novo aparato de segurança dos jihadistas se chama "polícia islâmica" e é comandada por Wisam al Jabouri, que foi condenado a três anos de prisão por seu envolvimento em atos terroristas durante a invasão americana no Iraque.

Os agentes vestem uniformes azul escuro, túnicas curtas e mostram no braço uma insígnia em branco com a inscrição "Polícia Islâmica na Província de Ninawa".

A nova força utiliza veículos do aparato de segurança iraquiano que foram expropriadas. Os jihadistas pintaram nas laterais círculos negros com o lema do EI, "Maomé, profeta de Deus".

Além disso, a "polícia" emprega embarcações para supervisionar o rio Tigre.

Segundo o funcionário, a "polícia" aplica as ordens da "justiça religiosa" imposta pelo EI e prende os "criminosos" que violam essas leis.

Recentemente, membros da nova força de segurança detiveram 53 antigos policiais e aplicaram chicotadas nos agentes como castigo pois eles teriam consumido entorpecentes e álcool e pronunciado a palavra "daesh" (sigla em árabe do EI).

O grupo jihadista, que impõe uma interpretação radical da "sharia" (lei islâmica), proíbe que se pronuncie as siglas de seu nome e considera isto um insulto.

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