Segundo o jornal “Daily Mail”, a rainha Elizabeth II é o principal alvo do ataque terrorista planejado pelo Estado Islâmico| Foto: WILL OLIVER/EFE

Terroristas do Estado Islâmico estariam no Reino Unido prontos para lançarem um ataque, informou a mídia britânica, cintando fontes de segurança e do grupo extremista.

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O alvo dos extremistas seria as comemorações deste sábado (15) pelos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, evento que ocorrerá no Centro de Londres e terá a presença da rainha Elizabeth. Segundo o jornal “Daily Mail”, a polícia e o serviço de segurança estão correndo contra o tempo para frustrar o plano.

Estado Islâmico

Quem são: grupo terrorista que atualmente ocupa territórios na Síria e no Iraque; formado por dissidentes da Al-Qaeda.

O que querem: são extremistas religiosos que pregam uma interpretação moral radical do islamismo. Além disso, não acreditam nas fronteiras estabelecidas em um território que consideram sagrado. Por isso, chamam a área ocupada na Síria e no Iraque de “califado” -- palavra também faz referência aos princípios que querem que seus seguidores respeitem.

Inimigos: são prioritariamente os árabes xiitas, uma corrente islâmica diferente da que seguem -- os membros do grupo são árabes sunitas. Também consideram o mundo ocidental “infiel”, embora tenha atraído muitos integrantes de vários países da Europa e Américas -- porém, eles precisam se converter ao islamismo.

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De acordo com as fontes, uma ameaça específica foi feita contra a rainha, o que provocou uma revisão urgente da segurança para os eventos de sábado. Outros membros da família real, incluindo o príncipe Charles, foram identificados nos relatórios de inteligência como possíveis alvos. Além deles, devem participar dos atos o primeiro-ministro David Cameron e mais de mil veteranos e membros das Forças Armadas.

O porta-voz do Palácio de Buckingham se recusou a comentar as notícias, assim como a Scotland Yard. Mas segundo a imprensa britânica, a rainha foi informada sobre os planos terroristas e mesmo assim estaria determinada a participar das comemorações.

Os documentos apontam ainda que o ataque seria realizado por jihadistas britânicos que foram treinados na Síria e voltaram ao Reino Unido para executar a ação. Nos últimos dois anos, centenas de cidadãos simpatizantes do grupo viajaram para lutar junto aos extremistas que proclamaram um califado.

A informação foi reiterada pela emissora europeia “Sky News”, que conversou com um terrorista do EI durante quatro meses. Através de um perfil falso, um jornalista obteve a informação de que há um número de potenciais extremistas no Reino Unido prontos para atacar.

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Ele ainda revelou que a nova tática do grupo seria recrutar “lobos solitários”, em vez de mandar pessoas para a Síria e para o Iraque.

Em conversas com outro membro do grupo, uma jihadista supostamente de 18 anos, foram revelados também planos de um ataque na Escócia.

A polícia britânica já reconhece há alguns meses que o Reino Unido enfrenta ameaças reais de terroristas que regressam da Síria e do Iraque depois de se filiarem ao Estado Islâmico.

Em junho, depois do atentado na Tunísia contra um hotel cheio de turistas britânicos, David Cameron advertiu que os extremistas do EI estavam planejando “terríveis ataques” contra o país.