O Estado Islâmico enviou reforços para seus combatentes que enfrentam forças curdas pelo controle de uma cidade síria na fronteira com a Turquia, um remanejamento desencadeado pelos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra o grupo em outras áreas, disse um oficial militar curdo.
Ocalan Iso, vice-líder das forças curdas que defendem a cidade de Kobani perto da fronteira turca, disse que mais tanques de guerra e combatentes do Estado Islâmico chegaram desde que a coalizão liderada pelos EUA iniciou ataques aéreos contra o grupo na terça-feira.
"O número de seus combatentes aumentou, o número de seus tanques aumentou desde o bombardeio de Raqqa", disse Iso à Reuters por telefone. Ele repetiu pedidos para que a coalizão liderada pelos EUA expanda seus ataques aéreos para posições do Estado Islâmico perto de Kobani, também conhecida como Ayn al-Arab. "Kobani está em perigo", disse ele.
Os ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria até agora tiveram como alvo as províncias de Raqqa, Deir al-Zor e Hasakah. O Estado Islâmico lançou uma grande ofensiva contra Kobani na semana passada, forçando quase 140 mil curdos sírios a fugir pela fronteira para dentro da Turquia em poucos dias - o maior e mais rápido êxodo de civis desde o começo do conflito na Síria, em 2011.
Iso disse que combatentes do Estado Islâmico avançaram para dentro de um raio de 8 quilômetros ao sul de Kobani - o mais perto que chegaram em qualquer estágio da mais recente ofensiva.
"Pedimos que forças americanas atinjam suas posições. Eles estão a 8 quilômetros de Kobani. Eles estavam a 25 quilômetros antes", disse Iso.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que monitora a violência no conflito, relatou mais cedo ter havido ataques aéreos sobre posições do Estado Islâmico a oeste de Kobani realizados por aviões que, aparentemente, vieram de território turco.
Mas autoridades curdas em Kobani não puderam confirmar o relato, e a Turquia disse que nem seu espaço aéreo nem a base dos EUA no sul do país foram utilizados para realizar ataques aéreos.
"Por causa do bombardeio em Raqqa, o Estado Islâmico pegou todas as suas armas e as trouxe aqui. Há mais combatentes do Estado Islâmico nos últimos dois dias, e eles trouxeram todas as suas forças aqui", disse Ahmed Hassan, de 60 anos, um curdo sírio que fugiu para a Turquia com a família.
"Eles possuem armamento pesado. Nós estamos fugindo deles. O YPG não tem armamentos pesados. É por isso que precisamos de ajuda", disse ele, referindo-se ao principal grupo armado curdo.
Congresso prepara reação à decisão de Dino que suspendeu pagamento de emendas parlamentares
O presente do Conanda aos abortistas
Governo publica indulto natalino sem perdão aos presos do 8/1 e por abuso de autoridade
Após operação da PF, União Brasil deixa para 2025 decisão sobre liderança do partido na Câmara