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tensão nuclear

Estados Unidos impõem sanções extras ao Irã

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (16) a imposição de uma série de sanções extras ao Irã, além das punições já definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. As autoridades norte-americanas insistem que a manutenção do programa nuclear iraniano é uma ameaça à comunidade internacional. As sanções foram divulgadas no site do Departamento do Tesouro norte-americano.

As sanções norte-americanas ampliam as resoluções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na última quarta-feira (9), 12 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança aprovaram restrições ao Irã.

As novas medidas do governo norte-americano atingem as operações bancárias, a circulação de navios, a atuação de empresas nos setores de petróleo, gás e energia, além de aumentar a fiscalização das atividades da Guarda Revolucionária Iraniana.

Depois de um dia de reuniões em Washington, houve uma análise sobre o quadro político e econômico do Irã até a divulgação de uma relação de nomes de supostos colaboradores. As reuniões foram comandadas pelo secretário do Departamento do Tesouro, Timothy Geithner, e o sub-secretário para Inteligência Financeira e Terrorismo, Stuart Levey.

Pelas medidas, estão vetadas as operações financeiras, via Post Bank. Segundo o relatório, o banco é a principal instituição que serve de elo entre iranianos e estrangeiros. No documento, há referências também às supostas empresas e até navios de fachada. Segundo os norte-americanos, há 22 empresas que utilizam documentação falsa para escapar das sanções e 71 navios em situação semelhante.

"Empresas de vários locais do mundo estão cada vez mais decididas a não fazer negócios com o governo do Irã por causa de sua conduta ilícita e que, como o presidente Obama disse na semana passada, é um 'governo que reprimiu brutalmente assassinado a dissidência e os inocentes'", afirmou o sub-secretário para Inteligência Financeira e Terrorismo, Stuart Levey.

De acordo com as sanções, também haverá um reforço no acompanhamento das ações da Guarda Revolucionária Iraniana. Para as autoridades norte-americanas, a guarda "desempenha um papel fundamental no programa de mísseis e apoio ao terrorismo", segundo o documento. A guarda também teria um braço econômico. Foram identificados 26 entidades e indivíduos ligados à organização.

Para Geithner, o objetivo do governo Obama ao impor as sanções extras ao Irã é fazer com que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, saia do "isolamento" da comunidade internacional e busque o diálogo. Para os norte-americanos, a manutenção do programa nuclear iraniano põe em risco a segurança internacional por supostamente esconder a produção de armas atômicas.

"O resultado final desses esforços é que a escolha do Irã vai se tornar cada vez mais clara. O Irã deverá escolher entre o caminho oferecido pelo presidente Obama e da comunidade internacional ou permanecer em um curso que leva a mais isolamento", disse o secretário do Departamento do Tesouro.

Em seguida, Geithner reiterou que os norte-americanos vão intensificar os esforços para garantir a aplicação de todas as sanções ao Irã. "Vamos trabalhar para garantir que a sanções internacionais sejam aplicadas. [Vamos buscar a] cooperação dos nossos amigos e parceiros no mundo."

Mais uma vez nesta quarta-feira, antes do anúncio das sanções extras, Ahmadinejad destacou que o programa nuclear do Irã tem fins pacíficos. Paralelamente, a agência de energia atômica do Irã informou que serão construídos reatores nucleares no país e no exterior com a tecnologia iraniana.

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