O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira (25) na Assembleia Geral da ONU que o país está próximo de "alcançar a paz" e se mostrou otimista sobre o futuro.
"Posso dizer à comunidade internacional que estamos mais perto do que nunca de alcançar a paz. O progresso em Havana com as Farc foi sério, realista, digno e eficaz e tem avanços concretos", declarou.
Para o líder, se a Colômbia for capaz de dar essa "boa notícia" ao mundo, "haverá esperança para a paz" em qualquer outro conflito. Em discurso, Santos voltou a pedir o apoio da comunidade internacional para os "imensos desafios" da etapa pós-conflito.
"Em um mundo de guerra, terrorismo e doenças, eu quis trazer à Assembleia uma luz de esperança, a esperança de alcançar a paz na Colômbia após um conflito de mais de meio século", afirmou.
O presidente colombiano destacou que, durante as negociações de paz em Havana com a guerrilha, foram feitos acordos em três dos cinco pontos da agenda: desenvolvimento agrário integral, participação política e o problema das drogas ilícitas.
"Uma Colômbia sem coca e sem conflito era um sonho impossível há alguns anos, mas hoje posso dizer que é uma possibilidade real. Conseguem imaginar?", perguntou o líder, que destacou que as Farc se comprometeram a romper ligações com o tráfico de drogas.
Quanto aos outros dois pontos da agenda, vítimas e fim do conflito, o líder lembrou que as primeiras "nunca foram escutadas", mas que agora estão no centro do processo de paz, expondo perante os negociadores em Havana "suas dores e expectativas".
"Estão trocando a dor pela esperança de paz enquanto trabalhamos para que elas tenham direito a justiça, verdade, reparação e à não repetição, mas sobretudo para que não haja mais vítimas", acrescentou.
Sobre os desafios pendentes quando a paz definitiva for alcançada, Santos falou que a contribuição da comunidade internacional é importante para que o país possa garantir a segurança pública aos cidadãos.
"Se tivermos êxito, como desejamos de coração a todos os colombianos, estaremos prontos para compartilhar nossa experiência, para que sirva de modelo e como uma luz de esperança para outros conflitos no mundo", concluiu.