Um grupo de estudantes decidiu na noite de quarta-feira ocupar um centro universitário em Parias em uma manifestação contra a eleição do conservador Nicolas Sarkozy como novo presidente da França.
A decisão de ocupar o centro Pierre Mendès foi tomada durante uma assembléia em que participaram cerca de 300 estudantes, segundo testemunhas.
O reitor da universidade Panthéon-Sorbonne, Pierre-Yves Hénin, lançou uma convocação solene aos responsáveis pelo bloqueio e pela ocupação para que ponham fim às mesmas.
Estas iniciativas foram adotadas em "desaprovação com o conjunto das organizações sindicais representativas", segundo destaca Hénin em um comunicado divulgado no site da internete da universidade Panthéon-Sorbonne, também conhecida como Paris 1.
Essa paralisação será aplicada às dependências da Universidade Panthéon-Sorbonne e não a sua totalidade. Outras assembléias de estudantes foram convocadas para quinta-feira na universidade de Paris X-Nanterre e Toulouse II- Le Mirail.
Centenas de pessoas voltaram na noite de quarta-feira a fazer manifestações no bairro Latino de Paris aos grito de "Sarko fascista". A polícia cercou os manifestantes quando se encontravam a apenas 400 metros de distância de outra manifestação da extrema direita.
As manifestações e atos de violência, originadas pela eleição de Sarkozy no domingo, diminuíram na quarta-feira tanto em Parias como no resto da França, onde, pela primeira vez, uma vitória presidencial gera tanta hostilidade.
Cerca de 1.400 veículos foram queimados na França desde a eleição de Sarkozy, segundo uma nova contagem da polícia.
Paralelamente, na quarta-feira se multiplicaram em toda a França as sentenças de penas de prisão contra jovens detidos nos últimos dias por sua participação nos protestos.
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