Reitor na Univesidade de Navarra condena o atentado

O reitor da Universidade de Navarra, Angel Gómez-Montoro, em declaração nesta manhã de quinta-feira (30) à rádio 98.3 condenou o atentado no campus e elogiou a postura de serenidade demonstrada por estudantes e profissionais frente ao violento ataque.

Em sinal de protesto pelo atentado, a Univesidade convocou para a manhã desta sexta-feira (31) uma concentração silenciosa de cinco minutos, a partir das 12h, no edifício de Ciências Sociais.

Ouça a declaração do reitor

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Professor comenta ataque do ETA

O professor e chefe do Departamento de Projetos Jornalísticos da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra Ramón Salaverría comentou em seu blog E-periodistas o recente ataque do ETA na Universidade de Navarra.

"Não mataram o pensamento"

"O ETA tentou matar indiscriminadamente na Universidade de Navarra nesta quinta-feira (30). Não é a primeira vez que isso acontece. Nesta ocasião, sem aviso prévio e em um momento com muitas pessoas no local, um carro bomba foi colocado na frente da universidade com o desejo de acabar com as vidas de quem ali passassem: alunos, professores e servidores. Felizmente, não conseguiram."

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A fumaça podia ser vista de longe na cidade de Pamplona
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O governo da Espanha informou que o grupo separatista basco ETA avisou sobre o atentado a bomba que deixou 28 feridos na manhã desta quinta-feira (30) no campus da Universidade de Navarra, em Pamplona, região Norte do país.

Uma ligação foi feita uma hora antes do ataque para a polícia, anunciando a explosão, segundo o ministro espanhol do Interior, Alfredo Perez Rubalcaba. O interlocutor identificou a marca e a cor do carro e disse que ele estava em uma universidade, mas não especificou qual. A polícia acabou indo para o campus errado, de uma universidade em Vitória.

"O resultado é que nós não conseguimos evitar a terrível tragédia na Universidade de Navarra", disse Rubalcaba em entrevista.

A explosão ocorreu às 11h10 locais (8h10 no horário brasileiro de verão), próximo à faculdade de jornalismo e à biblioteca, segundo a universidade.

As vítimas foram atingidas, em sua maioria, por estilhaços de vidro, e alguns carros estacionados no local pegaram fogo após a explosão. Com ferimentos leves, eles foram socorridos em diversos hospitais próximos.

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De acordo com testemunhas, o fogo em outros carros provocou várias outras pequenas explosões.

Um trabalhador estaria desaparecido, segundo Yolanda Barcina, prefeita de Pamplona.

O prédio principal da universidade, em que estavam 400 pessoas, foi esvaziados por medida de precaução, segundo o diretor de comunicação da universidade, Jesús Díaz.

Ele também disse que a universidade não recebeu nenhuma ligação avisando do atentado.

Esta é a sexta vez que a universidade, que é privada, é alvo de um atentado. A Universidade de Navarra foi fundada em 1952 por Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei, uma prelazia conservadora da Igreja Católica.

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ETA

A explosão ocorre dois dias depois que quatro pessoas foram presas com armas e explosivos, acusadas de integrar uma cécula do grupo separatista basco ETA em Navarra e Valência.

Segundo o ministério espanhol do Interior, o grupo estava pronto para cometer um atentado, provavelmente em Navarra.

Uma das reivindicações do ETA é a adesão de Navarra (região em que está localizada a cidade de Pamplona) ao País Basco.

O ETA é considerado uma organização terrorista pela União Européia e pelos Estados Unidos. Ele seria responsável pela morte de 824 pessoas em 40 anos de atividade pró-independência do País Basco.

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A organização retomou os atentados em junho de 2007, após a ruptura formal do último cessar-fogo.