O conselho eleitoral da Etiópia confirmou na segunda-feira a vitória arrasadora do primeiro-ministro Meles Zenawi na eleição ocorrida em 23 de maio, contestada pelos partidos de oposição e criticada pela União Europeia e pelos EUA.
Os números oficiais confirmam os resultados iniciais, dando ao partido governista Frente Revolucionária Democrática do Povo Etíope (EPRDF, na sigla em inglês) e a seus aliados 545 dos 547 assentos do parlamento.
"O conselho aprovou o resultado por unanimidade," disse Merga Bekana, presidente do Conselho Eleitoral Nacional da Etiópia (Nebe, na sigla em inglês), em entrevista coletiva. "A eleição foi pacífica, confiável, justa, livre e democrática".
A Suprema Corte da Etiópia e o Nebe rejeitaram os pedidos dos partidos de oposição para que a eleição fosse refeita.
O maior grupo de oposição do país, o Medrek -- que agrupa oito partidos --, ganhou um único assento e um candidato independente ganhou outro. O Medrek e o Partido da Unidade de Toda Etiópia (AEUP) denunciaram a ocorrência de intimidação pré-eleitoral e compra de votos.
Depois das últimas eleições da Etiópia em 2005, a coalizão da oposição afirmou que o resultado foi fraudado e convocou protestos de rua. As manifestações tumultuaram a capital e as forças de segurança mataram 193 pessoas. Sete policiais também morreram.
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