A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou neste domingo (05) em Sófia o veto de Rússia e China à resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise na Síria, advertiu do perigo de uma guerra civil no país e ameaçou com novas sanções.
Em entrevista coletiva concedida após uma reunião com o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, a secretária de Estado disse que os Estados Unidos iniciarão uma série de consultas diplomáticas com parceiros de todo o mundo para aumentar a pressão sobre o regime sírio.
Segundo Hillary, o governo dos EUA trabalhará para estabelecer novas sanções regionais e internacionais contra a Síria e reforçar as já existentes.
"Trabalharemos para cortar as provisões de armamento para o regime sírio e faremos públicos os países que apoiam este regime de forma financeira", advertiu a secretária de Estado.
O veto de Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU impediu o principal órgão de segurança internacional de condenar em voz única a violenta repressão que o regime sírio exerce contra sua população há 11 meses.
Segundo a chefe da diplomacia americana, estes dois países têm plena responsabilidade pelo apoio ao regime de Bashar Al Assad, "o que aumenta o perigo a uma brutal guerra civil".
A resolução buscava uma saída para a crise síria mediante o apoio ao plano de transição da Liga Árabe e condenava a violência do regime de Damasco contra a população civil.