Os EUA consideraram que o Brasil levantou "questões legítimas" ao interpelar a Casa Branca sobre as atividades de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) a respeito da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras e prometeram "trabalhar junto" com o governo brasileiro para resolver "as tensões" provocadas pelo tema.
A declaração foi dada em comunicado após encontro na Casa Branca entre o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Segurança Nacional daquele país, Susan Rice, para tratar do assunto.
Pelo lado brasileiro, as conversas com Rice foram consideradas suficientes e continuam amanhã.
Após o encontro, servidores da embaixada brasileira participaram de uma reunião sobre as informações passadas pelos norte-americanos.
A viagem de Figueiredo aos Estados Unidos estava prevista anteriormente. Mas ganhou outro peso na semana passada, quando a presidente Dilma conversou com o presidente Barack Obama em São Petesburgo, na Rússia, às margens da reunião do G20 (grupo que integra as maiores economias do mundo).
Na rápida reunião, Obama se comprometeu a transmitir explicações formais sobre a espionagem da NSA revelada pelo "Fantástico" até hoje.
Até à noite de quarta-feira (11/09), estava prevista uma coletiva de imprensa com o ministro na Union Station, estação onde ele pegaria o trem de Washington para Nova York. Uma pane elétrica em uma das linhas provocou atraso e cancelamentos prejudicando a entrevista.
O ministro decidiu passar a noite em Washington e, segundo a reportagem apurou, terá uma nova rodada de conversas com assessores da Casa Branca nesta quinta-feira. A expectativa é de que o ministro fale sobre as denúncias após essa nova rodada de conversas.
Distorção
Na nota divulgada pela Casa Branca, a porta-voz de Susan Rice, Caitlin Hayden, ponderou que algumas reportagens "distorceram" as atividades da NSA e outras "provocaram questões legítimas" que criaram "tensões na muito próxima" relação com o Brasil.
Dilma tem viagem de Estado aos EUA prevista para outubro, mas a presidente já disse que manter os planos dependerá "das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama".
Congresso frustra tentativa do governo de obter maior controle sobre orçamento em PL das Emendas
“Embargo ao Carrefour no Brasil inclui frango”, diz ministro da Agricultura
STF e Governo Lula se unem para censurar as redes sociais; assista ao Sem Rodeios
Janaína Paschoal cobra íntegra do relatório da PF sobre suposta trama golpista