O vírus H1N1 se disseminou por 46 dos 50 estados norte-americanos, um nível comparável ao pico das gripes comuns sazonais. Porém, esse patamar foi alcançado muito mais cedo e com previsão de muito mais ondas de contaminação, disse nesta sexta-feira uma alta autoridade do setor de saúde dos Estados Unidos.

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"A transmissão costuma estar disseminada por 46 Estados no pico da temporada de gripes. Estar já em outubro no pico é extremamente incomum", disse o doutor Thomas Frieden, diretor do Centro Prevenção de Controle de Doenças.

Frieden afirmou que a gripe sazonal normalmente chega ao pico entre o fim de novembro e começo de março. E ele notou que este vírus está deixando mais crianças e jovens adultos doentes, ao contrário das gripes sazonais, que normalmente atingem mais fortemente pessoas acima dos 65 anos.

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"Nós esperamos que a gripe ocorra em ondas e não podemos prever sua dimensão, extensão ou por quanto tempo a onda permanecerá ou quando chegará a próxima", disse ele a repórteres por telefone.

A gripe H1N1, popularmente conhecida como gripe suína, matou mais de mil norte-americanos e levou mais de 20 mil a hospitais nos Estados Unidos desde que surgiu, no começo deste ano, disse Frieden.

Mas autoridades do setor de saúde deixam claro que não é possível calcular o número atual de casos. "Nós tivemos até agora milhões de casos da gripe pandêmica nos Estados Unidos e os números continuam a crescer", afirmou Frieden.

Também nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 414 mil casos de H1N1 foram confirmados por laboratórios em vários países, tendo sido registradas quase 5 mil mortes.

Mas a entidade, com sede em Genebra, na Suíça, observou que esses números são apenas a ponta do iceberg.

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"Como muitos países pararam de contar os casos individuais, em especial aqueles em que a gripe foi moderada, a contagem é significativamente menor do que o número real de casos", assinalou a OMS.

Frieden disse que os fabricantes de vacinas contra a gripe H1N1 produziram 16,1 milhões de doses, das quais 11,4 milhões foram embarcadas para os EUA.

O governo norte-americano esperava inicialmente ter 40 milhões de doses até o fim de outubro, mas na semana passada reduziu a projeção de 15 a 30 por cento, dizendo que os problemas de produção iriam limitar o abastecimento de outubro para 28 milhões a 30 milhões de doses.