Em decisão inédita, a administração de Barack Obama aprovou a pesquisa com células-tronco embrionárias para experimentos científicos. Pesquisadores serão financiados pelo governo dos EUA, sob uma nova política designada para expandir o apoio governamental para um dos mais promissores e controversos campos da pesquisa biomédica.
O Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) autorizou 11 linhas de produção de células pelos cientistas do Hospital Infantil de Boston e duas linhas criadas por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova Iorque.
Todas as células foram obtidas de embriões congelados, deixados por casais que procuraram tratamentos de infertilidade.
"É uma mudança real no panorama, disse o diretor do NIH, Francis Collins. "É o primeiro investimento no que virá a ser uma lista muito longa, que vai dar poder à comunidade científica para explorar o potencial da pesquisa com células-tronco embrionárias.
O movimento foi aclamado por todos os apoiadores da pesquisa como o fim de uma longa espera, um divisor de águas que finalmente permitirá que cientistas usem milhões de dólares arrecadados pelos impostos para estudar centenas de linhas de células-tronco algo que foi limitado e restrito pelo antecessor de Obama, George W. Bush, que sustentou o impedimento com argumentos morais.
"Era isso o que estávamos esperando, disse a cientista Amy Comstock Rick, da Coalizão para Avanço da Pesquisa Médica, grupo que lidera os esforços de lobby para desamarrar as restrições federais na pesquisa.
Passado
Na era Bush (2001-2008), a verba federal para cientistas era limitada para linhas de pesquisa com células-tronco, que foram muito criticadas como improdutivas e deficientes. As regras de financiamento na separação de financiamento público e privado foram erigidas de forma "burocrática e desajeitada", diz o jornal, e acabavam por frustrar diversas formas de verba.
Agora, as pesquisas com células-tronco embrionárias poderão ser elaboradas a partir de financiamento privado e público, o que permitirá experimentos em uma variedade de linhas, expandindo o número de cientistas e tipos de experimentos.