À medida que se prolonga o conflito na Líbia, crescem as pressões dentro dos EUA para que o governo americano forneça armas para as forças rebeldes e Washington já diz não descartar essa hipótese.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou ontem que armar os rebeldes é uma das alternativas que estão sendo estudadas. "A opção de fornecer assistência militar está na mesa porque nenhuma opção foi retirada da mesa.
A declaração do porta-voz veio um dia depois de senadores (tanto democratas como republicanos) cobrarem uma ajuda maior dos EUA para as forças que lutam contra os defensores do ditador Muamar Kadafi.
Senadores como John Kerry e John McCain (dois ex-candidatos à Presidência americana) defenderam a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Outros apoiaram ainda o fornecimento de armas e inteligência para os rebeldes líbios. Uma das ideias aventadas é o fornecimento via aérea de armamento.
A resolução da ONU aprovada pelo Conselho de Segurança há duas semanas prevê o embargo de armas no país africano. As sanções são dirigidas à República Árabe Líbia Popular e Socialista (o nome oficial do país), o que pode ser interpretado como dirigidas ao governo de Kadafi, e não aos rebeldes ou outras forças internas no país.
Para o senador democrata Kent Conrad, que já viveu na Líbia nos anos 1960, as pessoas que defendem a queda do regime na Líbia não podem ter menos armas "que os militares ainda fiéis a Kadafi e, mais importante, que os mercenários que foram contratados por ele.
O presidente americano, Barack Obama, advertiu os seguidores de Kadafi, que eles responderão por seus atos e pelo uso da violência contra os rebeldes no país. O presidente reconheceu ainda a opção de uma intervenção militar ainda está sob análise. "Quero dizer àqueles próximos [a Kadafi] que depende deles tomar a decisão sobre como querem agir daqui por diante", assinalou Obama na Casa Branca, onde se reuniu com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard. "Terão de prestar contas por qualquer ato de violência que ocorrer."
Sauditas
Segundo reportagem de Robert Fisk, publicada pelo jornal britânico The Independent, os EUA já entraram em contato com o governo da Arábia Saudita para fornecer armamentos para os rebeldes que estão situados na região de Benghazi, a capital da insurreição.
De acordo com o jornal, apesar de o rei Abdullah odiar Kadafi (que já tentou assassiná-lo), os sauditas ainda não responderam ao pedido americano. Mas para Matt Schroeder, especialista em armamentos da Federação de Cientistas Americanos, é pouco provável que os EUA tenham solicitado a colaboração saudita.
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