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Defesa

EUA buscam 10 mil jovens para reforçar cibersegurança do país

O Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos organizou, na quinta-feira (17), uma competição nacional para identificar pessoas com conhecimentos avançados em cibersegurança. A organização, que vem realizando diversos desses eventos, busca 10 mil jovens norte-americanos com habilidades nessa área. O objetivo é treiná-los para que "seu conhecimento tenha grande valor à nação", aumentando assim a segurança dos EUA contra ataques virtuais.

No evento da semana passada em Washington, chamado U.S. Cyber Challenge, o vencedor foi Chris Benedict, de 21 anos, da cidade de Nauvoo (Illinois). Matt Bergin pegou o segundo lugar, na frente de Michael Coppola, 17. Nenhum deles, diz a CNN, trabalha com segurança: Benedict trabalha em uma agência de emprego, Bergin é funcionário de um vinhedo e Coppola ainda estuda.

Durante a competição de um dia, Matt tinha a missão de invadir o maior número de computadores e defender suas máquinas de outros hackers habilidosos. Esses especialistas, por sua vez, tinham o mesmo objetivo. No final do dia, o moderador anunciou quem eram os melhores entre os 15 participantes, que usaram todo seu conhecimento para realizar os ataques e defesas contra os computadores instalados em uma grande sala de conferência dentro de um hotel.

Em muitos casos, dizem os organizadores do U.S. Cyber Challenge, o talento dos hackers passam despercebido por aqueles que estão a sua volta ou até por eles mesmos. "Achei que seria destruído. Não pensei que conseguiria nada", afirmou Benedict, o vencedor da última competição, segundo a "CNN".

Caça-talentos

Alan Paller, diretor de pesquisa do SANS Institute (uma organização para o treinamento em segurança da informação), define esse tipo de iniciativa como um "caça-talentos" de abrangência nacional.

"É uma chance de atrair jovens que são muito talentosos, mas que têm como única opção fazer isso [realizar atividades hacker] ilegalmente, pois não há alternativas na escola, não há alternativas legais", disse Paller. "A competição cria um ambiente onde eles podem mostrar suas habilidades e melhorá-las para o bem da nação e não para outros propósitos", continuou.

Mike McConnell, ex-diretor da Inteligência Nacional dos EUA, afirmou que o país sofrerá uma grande catástrofe na área de tecnologia se não conseguir aumentar a proteção de sua infra-estrutura computacional. Ele exemplificou à "CNN", dizendo que um grupo terrorista ou extremista poderia atacar o sistema financeiro em Nova York, destruindo dados e causando a perda da confidencialidade nas transações bancárias, por exemplo.

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