Os últimos militares americanos do contingente de 33 mil enviado em 2010 ao Afeganistão para reforçar a segurança já abandonaram o país árabe, segundo confirmaram nesta quinta-feira (20) fontes oficiais citadas pelos canais "ABC" e "CNN". Com a saída dessas tropas, na atualidade restam no Afeganistão 68 mil militares americanos.

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Desses 33 mil que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou enviar ao Afeganistão em 2010 para reforçar a segurança perante as ameaças dos insurgentes talibãs, cerca de 10 mil já tinham deixado o país em julho de 2011 e a retirada dos demais havia sido programada para o final deste mês.

A expectativa é que o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, anuncie hoje oficialmente que completou a retirada desses 33 mil homens durante a visita que realiza à Nova Zelândia, de acordo com a "ABC". Essa retirada faz parte do processo gradual para transferir a responsabilidade da segurança às forças afegãs e que culminará em 2014 com a retirada total da missão da Otan no país (Isaf).

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Um grupo de senadores americanos pediu nesta quarta-feira uma "pausa estratégica" na retirada das tropas dos EUA do Afeganistão após o aumento dos ataques contra o pessoal da Otan por parte das forças de segurança afegãs.

Neste ano, os ataques contra os membros da missão da Otan no Afeganistão por parte de membros da polícia e das Forças Armadas afegãs custaram a vida de 51 militares das tropas aliadas.

A Isaf anunciou nesta semana que decidiu reduzir seu nível de cooperação com o Exército afegão e que iniciou uma revisão de seus contatos com a população local por causa da recente onda de violência.

A missão aliada baseou sua decisão no ambiente adverso que se criou no país após a aparição do vídeo que ridiculariza o profeta Maomé e pelo gotejamento de ataques de membros das forças afegãs a soldados estrangeiros. No entanto, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, assegurou que a Isaf segue comprometida com sua estratégia, seus objetivos e o calendário para a retirada do Afeganistão.

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