Os EUA criticaram hoje (20) a detenção do líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie. Ele foi preso durante a madrugada, em um apartamento no bairro de Nasr City, reduto islâmico no Cairo. A Justiça egípcia ordenou hoje sua prisão preventiva por 15 dias.

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A Casa Branca disse que a prisão vai contra os compromissos assumidos pelos militares de promover "um processo político inclusivo", e a considerou uma violação dos direitos humanos.

"Esta prisão não está alinhada com os padrões que esperamos que outros governos defendam em termos de respeito aos direitos humanos", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest.

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A prisão de Badie era desejada desde julho, após o golpe que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi. O líder islamita e dois de seus subalternos da Irmandade foram acusados pela Justiça de "incitação à morte" por supostamente estimular a violência contra manifestantes anti-Mursi. O início de seu julgamento estava marcado para o dia 25.

Segundo a imprensa estatal, Mohammed Badie foi levado à prisão de Tora, a mesma em que estão outros líderes da organização, como Khairat el-Shater, além do ex-ditador Hosni Mubarak, deposto em 2011. Para subsituí-lo, a entidade escolheu o o chefe adjunto da entidade, Mahmoud Ezzat, como líder religioso interino.