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Um jovem norte-americano, que expressou repugnância em relação à sociedade ocidental, foi detido no aeroporto de Chicago, de onde pretendia viajar para a Turquia e, de lá, entrar na Síria para se juntar ao grupo Estado Islâmico, segundo queixa-crime divulgada nesta segunda-feira.

Integrantes da Força-Tarefa Conjunta do FBI detiveram no sábado Mohammed Hamzah Khan, cidadão norte-americano de 19 anos no aeroporto internacional O'Hare. Khan é acusado de tentar fornecer material de apoio para organização terrorista estrangeira. Um juiz federal ordenou sua detenção até a audiência, marcada para quinta-feira.

Nesta segunda-feira, Khan compareceu a um tribunal federal usando uniforme laranja e disse calmamente ao magistrado federal que compreendia as acusações feitas contra ele.

Acredita-se que cerca de 12 norte-americanos estejam lutando na Síria atualmente, disse James Comey, diretor do FBI, duas semanas atrás. Há mais de 100 norte-americanos que ou tentaram ir para a Síria ou foram detidos e também os que foram e voltaram para os Estados Unidos, disse Comey, sem divulgar mais detalhes.

Segundo os promotores, Khan tentava ir de avião para Istambul, com escala em Viena, quando funcionários da alfândega o pararam quando ele passava pela segurança no terminal de O'Hare.

Enquanto agentes do FBI o interrogavam, outros executavam uma mandado de busca em sua casa, onde encontraram documentos que ele escreveu expressando seu apoio ao Estado Islâmico.

Os agentes também encontraram uma carta de três páginas escrita à mão de Khan para seus pais, na qual ele os informa que está indo para a Síria e para o Estado Islâmico, afirmando estar perturbado com o fato de que os impostos norte-americanos vão matar seus "irmãos e irmãs muçulmanos".

"Somos todos testemunhas de que as sociedades ocidentais estão se tornando mais imorais dia após dia", diz a carta. "Eu não quero que meus filhos sejam expostos a sujeira como esta." Ele também convida seus pais a se juntarem a ele um dia.

Durante o interrogatório do FBI no aeroporto, Khan teria dito que deveria se encontrar com uma pessoa em Istambul, que então o colocaria em contato com membros do Estado Islâmico. Perguntado pelos agentes o que faria lá, ele teria dito, segundo os documentos judiciais: "envolver-me em algum tipo de serviço público, força policial, trabalho humanitário ou combate".

Não estava clara a razão pela qual as autoridades pararam Khan, se foram avisadas naquele dia ou o observavam havia algum tempo.

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