As forças de segurança da Síria estão realizando ações em várias cidades para esmagar a oposição, prendendo diversas lideranças contrárias ao presidente Bashar al-Assad, segundo ativistas pelos direitos humanos. Os Estados Unidos criticaram a repressão "bárbara" imposta por Damasco.
Na segunda maior cidade do país, Alepo, milhares de estudantes desafiaram a repressão para protestar hoje, antes de serem dispersados por partidários do regime e por forças de segurança, segundo ativistas.
Ontem, pelo menos 19 civis morreram quando tropas e homens não identificados atacaram focos de protesto, disseram ativistas. Entre os mortos há um menino de 8 anos, segundo o chefe da Organização Nacional pelos Direitos Humanos na Síria, Ammar Qurabi, em entrevista à France Presse.
Entre 600 e 700 pessoas foram mortas e pelo menos 8 mil presas desde o início dos protestos, em meados de março, segundo grupos pelos direitos humanos. Em Washington, o Departamento de Estado norte-americano denunciou a repressão "bárbara". Um porta-voz da chancelaria dos EUA, Mark Toner, criticou a ação oficial contra manifestantes pacíficos.
Toner também citou as prisões arbitrárias, o fato de se impedir que feridos recebam tratamento médico e as condições desumanas para os presos, que representam uma "punição coletiva para civis inocentes". "Nós não usamos a palavra 'bárbara' muito frequentemente por aqui", lembrou . Segundo ele, o espaço está diminuindo para o governo sírio parar a repressão e negociar diante das "aspirações legítimas de seu povo".
Analistas dizem que o governo do presidente Barack Obama reluta em pedir o fim do regime de Assad, temendo que uma revolução na Síria leve o caos a uma região do Oriente Médio com impacto significativo para Líbano, Irã e outras nações. A Rússia, tradicional aliada de Damasco, rejeitou o pedido de uma reunião especial no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para condenar a repressão na Síria. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim do uso da "força excessiva", e também que Assad ouça os pedidos de reforma e liberdade.
Os manifestantes exigem eleições livres, a libertação de presos políticos, mudanças constitucionais que podem acabar com a hegemonia do Partido Baath no país, bem como novas leis de mídia e para os partidos políticos. No mês passado, sob pressão internacional, Assad acabou com uma lei de emergência que vigorava havia cinco décadas, mas manteve a dura repressão aos protestos.
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