Reação
Estados Unidos enviam porta-aviões para exercícios com Seul um dia após bombardeio de Pyongyang à Coreia do Sul.
Os exercícios
- 4 dias, de domingo (28) até quarta-feira (1º).
- 1 porta-aviões dos Estados Unidos, o USS George Washington, foi enviado à região a partir do Japão.
- 75 caças.
- 6 mil homens.
Fonte: Folhapress
Pequim - Os EUA e a Coreia do Sul iniciam no domingo um exercício naval no Mar Amarelo em reação ao bombardeio norte-coreano contra uma ilha sul-coreana, ontem.
Para liderar as manobras, Washington deslocou o porta-aviões nuclear USS George Washington (75 aeronaves e 6 mil tripulantes), estacionado numa base no Japão.
A realização dos exercícios, com duração prevista de quatro dias, foi decidida em conversa por telefone entre o presidente americano, Barack Obama e o seu colega sul-coreano, Lee Myung-bak. "Embora já tivesse sido planejado bem antes do ataque de artilharia de terça, que não foi provocado, demonstra a força da aliança dos EUA com a República da Coreia (do Sul) e nosso compromisso com a estabilidade regional por meio da dissuasão", diz o comunicado militar assinado pelos dois países.
A nova crise na Península Coreana foi provocada por uma intensa troca de disparos de artilharia na ilha de Yeonpyeong, controlada pelo Sul, mas geograficamente mais próxima do Norte. Os dois lados se acusam de ter iniciado o confronto, um dos mais graves desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.
Ontem, equipes de resgate sul-coreanas encontraram os corpos de dois civis na ilha, elevando para quatro o número de mortos no ataque os outros dois eram militares. A Coreia do Norte não informou se teve baixas.
Sucessão
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas, almirante Mike Mullen, disse que o ataque da Coreia do Norte a uma ilha sul-coreana tem relação direta com a sucessão no país comunista. O regime de Pyongyang já deu sinais de que o ditador Kim Jong-il será sucedido por seu filho Kim Jong-un. "Acreditamos que isto está ligado à sucessão de Kim em favor de seu filho", disse Mullen.
Na terça-feira, o presidente Barack Obama disse que a comunidade internacional deve reconhecer que a Coreia do Norte representa uma ameaça séria e contínua com a qual todos devem se preocupar.
Advertência
A Coreia do Norte, por seu lado, afirmou ontem que o governo sul-coreano está piorando as relações na península coreana com "inconsequente provocação militar".
O governo comunista emitiu mais uma advertência para os vizinhos sul-coreanos, afirmando que os militares do país permanecem prontos para abrir fogo contra Seul, segundo a agência estatal norte-coreana KCNA.
Os dois países estão em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz.