Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está finalizando sanções unilaterais de Washington contra a Líbia, num esforço para pressionar o ditador Muamar Kadafi a suspender a violência contra os manifestantes no país, anunciou ontem o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. A União Europeia também iniciou um esforço coordenado para punir o regime de Kadafi, com um pacote que incluirá congelamento de bens líbios no exterior, embargo à venda de armas e ordens de prisão contra figuras do governo líbio que viajem para o exterior.
Obama afirmou que os EUA também estão negociando sanções multilaterais contra a Líbia com outros países, incluindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que "pode conter embargo a armas, sanções individuais contra autoridades-chave da Líbia e congelamento de ativos".
O anúncio da Casa Branca foi feito menos de uma hora depois de um avião transportando cidadãos norte-americanos ter deixado o país do norte da África. Outros cidadãos dos EUA foram retirados por ferryboat e as operações da embaixada dos EUA na Líbia foram suspensas, disse Carney. Os EUA fecharam ontem sua embaixada na Líbia, após a retirada dos funcionários e diplomatas.
Ele usou palavras duras quando se referiu ao governo líbio Muamar Kadafi e ao "brutal tratamento" contra a população líbia. Segundo Carney, "a legitimidade de Kadafi aos olhos de seu povo foi reduzida a zero". "Está claro que o coronel Kadafi perdeu a confiança de seu povo", acrescentou.
Os governos dos países da União Europeia (UE) concordaram em congelar os ativos do governo líbio, proibir sua liderança de viajar ao exterior e também colocar em vigor um embargo às vendas de armas ao país do Magreb.
Contudo, os governos europeus ainda não decidiram quais ativos serão congelados e quais personalidades da liderança não poderão deixar a Líbia. As discussões continuarão nestwe fim de semana.