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Segurança

EUA e Polônia assinam acordo sobre escudo antimísseis

O ministro das relações exteriores da Polônia Radoslaw Sikorski assinou acordo com a secretária de Estado Condoleezza Rice: forma de lidar com as novas ameaças do século 21 | Kacper Pempel / Reuters
O ministro das relações exteriores da Polônia Radoslaw Sikorski assinou acordo com a secretária de Estado Condoleezza Rice: forma de lidar com as novas ameaças do século 21 (Foto: Kacper Pempel / Reuters)

A Polônia e os Estados Unidos assinaram nesta quarta-feira (20) um acordo por meio do qual parte de um escudo antimísseis desenvolvido por Washington será instalada em território polonês. "Isso nos ajudará a lidar com as novas ameaças do século 21, com a ameaça de mísseis de longo alcance de países como o Irã ou a Coréia do Norte", declarou a secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, antes de assinar o acordo junto com o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorsi.

A assinatura ocorre em meio ao acirramento da tensão entre o Ocidente e a Rússia por causa da recente guerra na Geórgia. Rice buscou desconsiderar as críticas alegando tratar-se de um sistema meramente defensivo. "É um sistema que volta a estabelecer firmemente - e reafirma - nossa cooperação e nossas relações com a Polônia. O acordo aprofundará nossa cooperação em defesa, assim como nossa capacidade de lidar com ameaças." O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que acordo "alcança o objetivo básico de tornar a Polônia e os Estados Unidos mais seguros".

Os EUA planejam instalar dez mísseis interceptadores na Polônia e um sistema de radares na vizinha República Checa entre 2011 e 2013. Esses dois países integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde 1999. O escudo antimísseis concluirá um sistema de defesa que já possui componentes nos EUA na Groenlândia e na Grã-Bretanha. A Rússia rejeita o argumento dos EUA para justificar a necessidade de instalação do sistema, endossado por representantes dos 26 países da Otan no início deste ano

Moscou também observa que o momento da assinatura do acordo é mais uma prova de que o sistema está direcionado à Rússia, e não ao Irã ou à Coréia do Norte. Tal sugestão é rejeitada por Washington. "Seremos obrigados a responder a isso de maneiras adequada. A União Européia (UE) e os Estados Unidos estão avisados", comentou no mês passado o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev. As informações são da Dow Jones.

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