Os Estados Unidos anunciaram ter dado início, nesta sexta (18), a conversas com a Rússia sobre questões militares envolvendo o conflito na Síria.

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Em comunicado, o Pentágono informou que o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, e seu colega russo, Sergei Shoigu, tiveram uma “conversa construtiva”, por telefone, durante 50 minutos nesta manhã.

“O secretário [Carter] e o ministro [Shoigu] falaram sobre áreas onde as perspectivas dos EUA e da Rússia coincidem e sobre áreas de divergência”, disse o porta-voz do Pentágono, Peter Cook, na nota.

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Os dois teriam concordado em discutir mecanismos para evitar problemas entre as ações dos dois lados na Síria e sobre a campanha contra o Estado Islâmico (EI).

Os EUA lideram ataques aéreos da coalizão contra a facção radical e há a suspeita de que os russos estejam planejando também operar aviões militares numa ofensiva para ajudar o regime de Bashar al-Assad contra o EI.

“O secretário [Carter] enfatizou a importância desse tipo de consulta em paralelo com as conversas diplomáticas, que podem garantir uma transição política na Síria. Ele destacou que derrotar o EI e garantir uma transição política são objetivos que precisam ser buscados ao mesmo tempo”, diz o texto do Pentágono.

Mais cedo, o secretário de Estado americano, John Kerry, havia dito a jornalistas em Londres que os dois países estavam dispostos a começar conversas sobre questões militares “muito em breve”.

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“O presidente [Barack Obama] acredita que uma conversa entre as partes militares [dos dois países] é um passo importante”, disse Kerry.

A tentativa de aproximação vem depois de os EUA denunciarem uma presença cada vez maior de militares russos na Síria nas últimas semanas, com o envio de tanques, armas, unidades habitacionais portáteis, conselheiros militares e técnicos para o país.

Na última quarta (16), Kerry havia dito que Obama estava analisando uma oferta da Rússia para os dois países terem encontros entre seus dirigentes militares.

Na ocasião, Kerry disse que o chanceler russo, Sergei Lavrov, assegurou que o interesse de Moscou era apenas combater a ameaça que o Estado Islâmico (EI) representa na Síria. O americano, contudo, salientou que não estava claro se a posição poderia mudar, fazendo a Rússia montar uma proteção ao ditador sírio, que os EUA querem ver fora do poder.