Os Estados Unidos esperam que a Turquia intensifique a luta contra o grupo Estado Islâmico, agora que o país garantiu a libertação dos 49 reféns que eram mantidos pelos militantes sunitas, informou o secretário de Estado norte-americano John Kerry nesta segunda-feira.
Os reféns - 46 turcos e três iraquianos - voltaram para a Turquia no sábado após mais de três meses nas mãos do Estado Islâmico, que os capturou quando tomou a cidade iraquiana de Mosul, em junho.
A Turquia, aliada dos Estados Unidos e integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), assumiu compromissos em várias conferências regionais, prometendo ajudar nos esforços contra o grupo militante, mas a ajuda tem sido limitada até agora porque "primeiro eles precisavam cuidar da situação dos reféns", disse Kerry em aparição na emissora MSNBC.
Os Estados Unidos esperam uma maior participação dos países da região na campanha liderada pelo país para destruir o Estado Islâmico. O presidente Barack Obama prometeu que nenhum soldado norte-americano será envolvido em missões de combate contra o grupo e espera que os países da região forneçam os militares para missões em terra.
Não estava claro como a libertação dos 49 reféns foi conquistada. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan recusa-se a divulgar detalhes.
O que a Turquia fez ou não para garantir a libertação dos reféns é motivo de especulação. Muitos observadores expressaram dúvidas de que o implacável grupo militante teria abandonado um poder de barganha tão grande sem receber nada em troca. A Turquia nega ter pagado resgate, mas o governo tem sido vago sobre se houve uma troca de prisioneiros com o grupo terrorista.
O Estado Islâmico financia suas atividades por meio do contrabando de petróleo, segundo funcionários da inteligência norte-americana, o que abrange a área ao longo da fronteira entre Iraque e Turquia. Kerry disse que os Estados Unidos acreditam que os países não estão envolvidos no contrabando, embora algumas pessoas certamente participem das atividades ilegais.
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