Os Estados Unidos estão estudando formas de liberar uma parte dos US$ 30 bilhões de depósitos do governo líbio no exterior e repassar o dinheiro para os rebeldes que lutam para derrubar o regime de Muamar Kadafi. O anúncio foi feito na quinta-feira pela secretária de Estado Hillary Clinton, durante conferência em Roma com 22 países e entidades internacionais para organizar a ajuda financeira aos dissidentes.

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Representados pelo presidente do Conselho Nacional Transitório, Mahmoud Jibril, os rebeldes afirmam precisar de US$ 3 bilhões para pagar os salários dos militares, comida, remédios e outros suprimentos e equipamentos. Depois de mais de um mês de impasse militar, os aliados ocidentais chegaram à conclusão de que não basta a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) bombardear as forças de Kadafi para os rebeldes avançarem até Trípoli.

É preciso fortalecer os rebeldes, que nas últimas semanas têm recrutado e treinado soldados e reorganizado as forças militares regulares, preparando-se para uma prolongada guerra civil. A reunião de ontem é parte desse esforço para apoiar materialmente os rebeldes, que também começaram a vender petróleo, com a intermediação comercial do Catar, para comprar, entre outras coisas, armas.

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Os participantes concordaram em criar um fundo ao qual os rebeldes tenham acesso rápido para adquirir produtos de emergência, como comida e remédios. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, os participantes da conferência prometeram doar US$ 250 milhões. Os EUA já haviam prometido US$ 53 milhões em ajuda humanitária e autorizaram a compra de até US$ 25 milhões de material não letal, como remédios, botas, tendas de campanha, rações militares e equipamento de proteção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.