Um importante general, dois legisladores e um alto funcionário da inteligência da Venezuela foram adicionados nesta quinta-feira (08) à lista de chefões do narcotráfico dos Estados Unidos por seu suposto envolvimento no comércio de drogas e no tráfico de armas com guerrilhas colombianas, informou o Tesouro norte-americano em comunicado.
O Tesouro acrescentou o general Cliver Alcalá, que comanda uma das mais importantes unidades do Exército venezuelano, assim como Freddy Bernal, ex-prefeito de Caracas e atual congressista do partido governista, à lista negra do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.
Segundo o governo norte-americano, o general Alcalá organizou rotas para o transporte de armas e drogas para as guerrilhas e Bernal facilitou a venda de armas para o grupo, conhecido como Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Amilcar Figueroa, conhecido como Tino, e é membro da delegação da Venezuela para o Parlamento Latino-americano, também foi colocado na lista. De acordo com o Tesouro, Figueroa serviu como vendedor primário de armas para as guerrilhas. As Farc, a maior e mais antiga organização guerrilheira da América Latina, financia a maior parte de suas atividades com o tráfico de drogas e sequestros e é há muito tempo considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Ramon Isidro Madriz Moreno, conhecido como Amin, importante autoridade da agência de inteligência venezuelana conhecido como SEBIN, também teve seu nome acrescido à lista. Segundo o governo norte-americano, ele coordenou serviços de segurança para as Farc.
Cidadãos norte-americanos estão proibidos de fazer transações com indivíduos ou organizações que façam parte da lista do Tesouro.
Um funcionário do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela disse que o governo não comentaria as sanções.
Os quatro homens se juntam a outros dois importantes militares venezuelanos e um político, que já estavam na lista negra. O general Henry Rangel Silva e o general Hugo Carvajal, chefe da inteligência militar da Venezuela, foram colocados na lista em 2008. Ramon Rodriguez Chacin, ex-ministro do Interior, também entrou para a lista na mesma época. As informações são da Dow Jones.