O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (19) que enviará o secretário de Estado, John Kerry, em uma viagem pelo Oriente Médio e Europa em um "esforço diplomático" para consultar os aliados sobre a situação no Iraque.

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"Os Estados Unidos liderarão um esforço diplomático para trabalhar com os países da região para apoiar a estabilidade no Iraque", disse o presidente em entrevista coletiva, quando também advertiu o presidente do Iraque que os EUA não atuarão militarmente a favor de um grupo religioso em detrimento de outro.

"Acima de tudo, os líderes iraquianos devem superar suas diferenças e se unirem em torno de um plano político para o futuro do Iraque. Os xiitas, os sunitas, os curdos; todos os iraquianos devem acreditar que podem promover seus interesses e aspirações dentro de um processo político e não com violência", ressaltou.

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O presidente pediu aos países vizinhos do Iraque que respeitem a "integridade territorial" e ressaltou que é de "vital interesse para todos que o Iraque não entre em uma guerra civil ou se transforme em um esconderijo seguro para terroristas". E pediu especificamente que o Irã evite passos que encorajem uma guerra civil.

Obama enfatizou que os líderes iraquianos devem "superar suas diferenças acima de tudo" e se unir em torno de um plano político para o futuro do país.

"Nossa posição é que o Irã pode desempenhar um papel construtivo se ajudar a enviar a mesma mensagem ao governo iraquiano que estamos enviando: de que o Iraque só superará se for inclusivo e respeitar os interesses de todos os grupos religiosos", afirmou.

"Xiitas, sunitas e curdos, todos os iraquianos devem ter confiança de que podem avançar através de um processo político em vez de pela violência", reforçou o líder americano.

Obama insistiu que as reuniões para conseguir a união nacional para construir um "consenso" entre as diferentes comunidades no país árabe devem continuar, mas fez um apelo pela formação de um novo Parlamento.

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"Agora que os resultados das eleições (de 25 de maio) foram certificados, o novo Parlamento deverá ser constituído o mais rápido possível", lembrou Obama, que ressaltou que "será uma oportunidade de começar um diálogo genuíno e montar um governo que represente os interesses legítimos de todos os iraquianos".