Um pacote de segurança que inclui a entrega de 20 caças no valor de US$ 3 bilhões e outras garantias de segurança dos EUA a Israel fizeram com que o premiê israelense Binyamin "Bibi" Netanyahu aceitasse congelar as construções judaicas na Cisjordânia por 90 dias. Apesar de a expectativa ser positiva, os EUA ainda não obtiveram uma resposta oficial. Ela depende da concordância da coalização que sustenta o governo israelense. "Eu acho esperançosa" a vontade de Netanyahu de congelar os assentamentos, disse o presidente americano ao desembarcar em Washington depois de viagem para a Ásia. "Ele demonstrou que leva a sério a oferta", acrescentou Barack Obama.
Em Jerusalém, o premiê disse que a "proposta precisa ir ao encontro das necessidades de segurança de Israel tanto no curto prazo como ao longo desta década". Mesmo durante o impasse, que ainda não se encerrou oficialmente, autoridades dos EUA e de Israel evitaram entrar em choque, optando por declarações conciliatórias. Durante o primeiro ano do mandato de Obama, as relações entre os dois países estremeceram. Desde a metade deste ano, o líder da Casa Branca e Netanyahu têm buscado passar imagem de aproximação.
Argumentando que equipes dos governos americano e israelense ainda trabalhavam nos detalhes do acordo, o primeiro-ministro buscava adiar a apresentação da proposta para voto em seu gabinete. Desta forma, ele tentaria convencer os membros de sua coalizão da necessidade de aceitar a oferta. O projeto incluiria garantias de segurança para Israel, os 20 jatos F-35 e a promessa de que os americanos bloqueariam qualquer iniciativa palestina de levar a criação de um Estado unilateralmente para o Conselho de Segurança da ONU. A proposta dos EUA irritou os palestinos, que reclamam não terem sido consultados por Washington. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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