O governo dos Estados Unidos aconselhou Israel nesta segunda-feira a não fazer uma incursão terrestre em Gaza, como está sendo avaliado pelo executivo de Benjamin Netanyahu, mas ressaltou que respeitará a decisão que for tomada pelo seu aliado à medida que prosseguir a ofensiva, em que já morreram até o momento 184 palestinos.
"Ninguém precisa ver uma incursão terrestre, porque isso poria em risco mais civis ainda", disse o porta-voz da Casa Branca , Josh Earnest, na entrevista coletiva diária.
"Mas essa é uma decisão que tem que ser tomada por Israel", acrescentou, ao ressaltar que esse governo tem "o direito e inclusive o dever" de se defender dos mísseis lançados contra seu território pelo braço armado do Hamas.
Earnest reiterou a necessidade de o Hamas "deixar de lançar foguetes" contra Israel, mas reconheceu que o escudo antimísseis Cúpula de Ferro, financiado pelos EUA, foi "eficaz na hora de proteger muitos dos civis que estavam em perigo".
Ao mesmo tempo, garantiu que Estados Unidos estão "muito preocupado pelos civis palestinos que estão em risco" e insistiu para que Israel "faça o necessário" para minimizar as vítimas entre os cidadãos de Gaza.
Alguns veículos da imprensa americana divulgaram hoje rumores de que o secretário de Estado, John Kerry, que está atualmente em Viena, pode ir em breve a Israel para tentar promover um cessar-fogo, mas nem a Casa Branca nem o Departamento de Estado confirmaram até agora essa possibilidade.
O presidente Barack Obama se ofereceu na quinta-feira ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para atuar como mediador para restaurar o cessar-fogo conseguido em 2012 e pôr fim à violência.
A Casa Branca quer realizar essa mediação através de conversas com aliados como Egito e Turquia, que estiveram "historicamente envolvidos" no conflito entre Israel e os palestinos.
A operação israelense "Limite Protetor" em Gaza completou hoje uma semana de atividade enquanto o setor nacionalista do governo de Israel pede uma invasão terrestre e cada vez mais vozes em todo o país cobram de Netanyahu a declaração de cessação unilateral de hostilidades.
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